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Olha a beleza do conteúdo disto que vem a seguir!

Written By Sérgio Pereira on sábado, 30 de outubro de 2010 | 30.10.10

Chega ao fim o mês de Outubro e é altura de atrasar o seu relógio uma hora. Já está? Pronto, então prepare-se para chegar adiantado a todos os compromissos que tiver este Sábado, pois a hora só muda Domingo. Mas não é isto que nos faz escrever este post. Escrevemos sim porque na secção Medalhas encontram-se já disponíveis para visionamento os laureados deste mês 10. Porém não ficam por aqui as novidades com mais barbas que a sua avó. Os co-autores deste blog têm novas crónicas. Vai um cheirinho?

Diário de um homem com peste negra (Tiago Lacerda)

Ano de Dominé 1337, 1 de Março
Voltei da visita ao Dr. Fonseca, o meu médico, de rastos. Não que esteja demasiado preocupado com esta história da peste negra, que me parece mais uma hiperbolização mediática dos contadores de histórias, mas uma das minhas pernas caiu enquanto vinha para casa e não tinha boleia.

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Sigamos a abelha-rainha
(Sérgio Pereira)


Dou por mim muitas vezes a pensar como é que alguém consegue resolver o cubo de Rubik em meia dúzia de segundos, mais ou menos o tempo que eu demoro a assimilar as cores que o cubo tem. Depressa desisto desse pensamento pois não tenho a certeza se irei gostar da resposta. Mas imediatamente outro assunto vem à tona do meu cérebro: como é que Portugal chegou a este beco sem saída política, económica e socialmente?

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E pronto, era só para escrever isto. Esperamos que apreciem. E lembrem-se: o Jornal da Noite hoje começa às 19. Não porque há jogo de futebol, mas porque você é demasiado preguiçoso para acertar o relógio só por um dia.

Um abraço sentido,
Tiago e Sérgio
30.10.10 | 0 comentários

Estas novas tecnologias avançam tão rápido que nem pelo bI-Pod passámos

O drama, a tragédia e o horror instalaram-se nas ruas um pouco por todo o mundo. Milhares de milhões de pessoas correm desalmadamente sem norte tentando fugir a um pesadelo bem real. Mas parece que nada nem ninguém as irá poupar à imagem de Sousa Veloso todo nu com um gorro de orelhas na cabeça e uma pulseira de equilíbrio no tornozelo esquerdo. O engenheiro saiu de casa desta forma, cantarolando “Como um Macaco Gosta de Banana” de José Cid, acompanhada de passos de ballet e cha-cha-cha. Entrevistado por este conspícuo jornalista do Jazigo, Sousa Veloso declarou que “a minha saúde mental já não é o que era, além de ter urgentemente de adquirir nova indumentária. Os meus fatos cinzentos anos 50 foram todos comidos pelas traças, de modo que isto é tudo o que me resta. Por estar a olhar para eles com ar enojado, sabia que os tomates são frutos? Podiam perfeitamente fazer um bom sumo da Compal!”.
Como um mal nunca vem só, as pessoas pararam de correr para olhar o que se soerguia no cimo dos montes mais próximos. Seria um pássaro? Seria um avião? Seria Artur Albarran usando somente uns suspensórios do Noddy? Não! Eram tripods! Máquinas gigantescas com três pés, comandadas por alienígenas, tentando exterminar a raça humana. Todos os seres vivos começaram de novo a correr sem sentido, excepto o Eng. Sousa Veloso que, de costas para mim, se curvava todo para apanhar uns espinafres. De um lado, extraterrestres a querer acabar com a nossa existência; do outro, a visão arrepiante do fim do mundo. Muito negra mesmo. E com pólipos.
Como pessoa, os meus instintos diziam-me para fugir a sete pés. Como repórter robô, o objectivo era o de entrevistar os condutores daqueles tripods. Por isso mesmo defequei involuntariamente nas calças e segui em direcção daqueles seres automatizados gigantescos. No caminho que estava entre nós pensei se os tripods tinham alguma árvore ambientadora pendurada no espelho retrovisor, pois aquele cheiro que vinha detrás das minhas costas começava a incomodar o olfacto. O efeito nefasto deste odor ficou provado quando me aproximei dos seres de outros planetas, que imediatamente caíram para o lado. Felizmente lá houve um que resistiu e me concedeu umas palavras: “Até agora a missão tem estado recheada de sucesso. Portanto, temos exterminado bastante, tortura e violações têm sido q.b., agora é esperar que tudo continue a correr pelo melhor.”. E objectivos para o futuro? “Olhe, neste momento temos uma equipa com os nossos melhores profissionais a varrer o Paquistão para encontrar o Bin Laden, o sacana esconde-se muito bem! Mas estamos a tentar atraí-lo para fora da gruta utilizando comida kehbab. Contamos no fim do dia ter a questão resolvida. Além disso vamos continuar em direcção a Oeste, temos umas contas pendentes com o Tom Cruise e a Dakota Fannigan, no nosso planeta achámos lamentável a figura que essas duas abantesmas fizeram no filme A Guerra dos Mundos. E, além disso, nós fomos retratados como os maus da fita, o que é uma coisa inacreditável! Quer dizer, vem uma pessoa para o Planeta Terra fazer a sua vida para sustentar a famelga e depois somos confrontados com estas infâmias! Isto é o nosso ganha-pão, haja respeito e compreensão!”. Então e vão começar já a dar cabo desta cidade ou tenho tempo de ir a casa tomar banho e mudar de calças? “Pois como os meus colegas ainda estão caídos anestesiados com o seu aroma, pode ir à sua vidinha, pode. Mas não se demore muito que isto mais minuto menos minuto começamos com a chacina, não podemos delongar que ainda temos muito trabalhinho pela frente.”.
Correndo mais depressa que o Usain Bolt, não com medo de ser trucidado pelos aliens mas porque já tinha o rabo a assar, cheguei ao meu lar num ai. Após um breve duche de 40 minutos, encontrei o Eng. Sousa Veloso a fazer malabarismo com ananazes, enquanto Artur Albarran lambia gelado stracciatella do seu próprio corpo desnudado. Os agora meus amigos de outros mundos passaram ao lado de minha casa e disseram-me adeus sorrindo. Alguns levavam molas no nariz, pois depois do banho vesti as mesmas calças de antes. Ele há dias em que nem vale a pena sair de casa!
30.10.10 | 0 comentários

Martim amigo, as pessoas que pecam estão contigo!

Os gritos de blasfémia inundavam as ruas qual arquipélago português mal desenhado. A revolta era grande e efusiva, tão grande como a revolta existente numa manifestação da CGTP e tão efusiva como uma parada gay. Por entre a multidão que se formava há volta da igreja, serpenteavam os acólitos do demo, os cléricos da desgraça, os alunos de Martim Lutero. Todos eles vestidos de preto, não por ser o traje da seita, mas apenas por estar na moda. A multidão analfabeta olhava para a cópia das 95 teses de Lutero e imaginava o que dizia. “Ele quer deitar abaixo a Santa Sé para poder fornicar no altar!” gritava um mais espedito. “Não, não, ele quer utilizar as igrejas para invocar o Diabo” afirmava a alto e bom som um homem dono de um conhecimento enciclopédico. “Falsidades, ele apenas aponta as contradições e falhas da igreja que estão a corroê-la por dentro e a matar o espírito de Cristo”, exclamava um maluquinho. Ninguém o ouviu. É o que dá fazer declarações mais ou menos lógicas.
Por todo o lado reacções como estas repetem-se. Desde que Martinho Lutero se insurgiu contra as políticas da igreja, colocando as suas já famosas 95 teses na porta da capela de Wittemberg, tem sido o caos. Fontes próximas de Lutero afirmam que o alemão não pertendia dar início a esta revolução religiosa. E que apenas queria não ter de pagar por cada pecado que cometia “é que sabe”- conta-nos um homem com grandes barbas ruivas e chapéu amaricado -“ele é gajo para pecar muito. Ao ritmo que ele peca não há dinheiro que resista”. Estas declarações foram. no entanto. desmentidas ao Jazigo pelo próprio Lutero em pessoa. “Quem é que lhe disse isso?” – é a primeira pergunta que um Lutero em boxers e com voz roufenha nos faz. “Isso é tão falso como as mamas da Luciana Abreu, Deus as tenha debaixo de olho. A minha intenção era alertar os espíritos das pessoas, não fugir ao pagamento por pecar demasiado! Até porque eu sou um homem que peca pouco.” Dito isto Lutero retirou-se para dentro de casa, onde este jornalista conseguiu vislumbrá-lo a iniciar actos homosexuais com dois rapazes usando como protecção uma coisa a que chamava de “pre-ser-va-tivex”. Com os clamores de “Satan!! Satan!!” de Lutero nos ouvidos abandonei o local.
Dirigia-me ao local onde tudo começou. Dirigia-me a capela de Wittemberg. Mas acabei por perceber que era estúpido. Quer dizer, o padre da capela de Wittemberg deve ter mais ou menos a mesma opinião que o que dá a missa na capela ao pé de minha casa. Para quê por quilómetros em cima do novo burro? Está a vida boa, não!
Ao entrar na igreja, os gemidos de dor devido ao manifesto de Lutero encheram-me o coração de angústia. Mas depois apercebi-me que era apenas o Padre Afonso a aplicar as suas (também já famosas) 95 estocadas. Depois de o Paulinho nos ter deixado, a conversa com o Padre Afonso correu solta. “Que acha desta coisa toda do Lutero e não sei quê?” perguntei eu astutamente, recorrendo aos meus muitos anos de experiência e ao mestrado em jornalismo que tirei por pombo correio. “Uma blasfémia!”. E foram basicamente estas as declarações do Padre Afonso. Ele falou mais, como vos disse a conversa correu solta, mas posso facilmente resumir o conteúdo de 12 horas de conversa sobre Lutero nestas duas palavras. Pena que o Padre Afonso não tenha conseguido.
30.10.10 | 0 comentários

Penso, logo existo e recuso

Written By Sérgio Pereira on sábado, 23 de outubro de 2010 | 23.10.10

“Olha para mim, sou tão bom escritor que até nem vou aceitar este prémio Nobel da Literatura!”. Foi isto que Jean-Paule Sartre pensou quando de manhã lhe foi comunicado que tinha ganho o galardão mais importante da escrita mundial. Isto e também que, como era francês, não comia french toasts, apenas toasts.
“Antes morrer que aceitar essa hipocrisia!” disse Sartre ainda a frio, pois tinha acabado de sair do frigorífico para refrescar as ideias. “Então mas o senhor não é existencialista?”, perguntei eu, intuitivamente, mostrando todo o meu conhecimento sobre o escritor francófono. “Pois sou, peço desculpa, é de estar ainda a frio. Oh Simone, traz-me uma toalha faz favor!”. Podia dizer que, como Sartre tinha saído de um ambiente gélido, o seu pénis se tinha reduzido a um tamanho ridiculamente diminuto, mas não o vou fazer por questões de elevação.
Simone de Beauvoir, companheira íntima há largos anos de Sartre, não quis comentar toda esta polémica, principalmente porque “tenho de ir ter com um dos meus 20 amantes”. “Então, mas oh senhora de Beauvoir, isso não é um pouco... como é que eu hei-de pôr... rameirice?”, perguntei eu, inocentemente. “Não, é ter hormonas em excesso aos saltos. Por falar nisso, se dermos uma rapidinha na casa-de-banho você faz publicidade ao meu trabalho na sua notícia?”. Resta-me dizer que Simone de Beauvoir é uma escritora tão requintada e fantástica como Sartre, com uma veia artística descomunal, bem patente nos seus livros Os Mandarins e O Segundo Sexo.
Voltando ao epicentro do texto, quando voltei à cozinha desta casa caótica encontrei Sartre já sem a cor azul a tingir-lhe o corpo, mas com o seu orgão sexual ainda do mesmo tamanho, fazendo-me indagar que o frio não era um factor determinante para a variável comprimento. “Diga lá agora a sério, você só está a recusar este prémio Nobel para se armar em bom e ser diferente dos outros, não é?”, perguntei incisivamente. “Armar-me em bom para ser diferente dos outros? Ah ah ah essa é boa! Mas você pensa que eu sou o quê? Francês? Ele há com cada um!”. “Contudo, este já não é o primeiro prémio que o senhor recusa”, voltei à carga. “Sim, mas existe uma explicação deveras satisfatória para eu fazer isso. Imagine que agora aceitava todos os prémios e galardões que me davam. Onde é que punha as minhas 40 amantes? E mesmo assim já tenho de meter uma ou outra por cima do guarda-fatos, só para você ver as dificuldades por que passo.”.
Explorado que estava o tema da declinação do prémio Nobel, o mais sensato a fazer enquanto jornalista era ir embora. Por isso é que decidi fazer mais uma pergunta a Sartre: “O seu pénis é assim nanico porque o senhor também é um meia-leca acanhado?”. Sartre ficou rubro, mas a sua genitália continuava imóvel: “Ai agora está a fazer pouco, é? Então repare: eu tenho 40 amantes e ganho prémios que não aceito. Você vai para casa de mãos a abanar e nunca ganhará um Pulitzer porque o que o senhor faz nem se pode considerar jornalismo, é simplesmente uma abjecção truanesca.”. Furioso, repliquei: “Julga mesmo que vai levar a melhor na arte de insulto utilizando palavras caras? Contra mim? Eu sou o mestre dos insultos intricados! Quer ver? O senhor foi soldado meteorologista na II Guerra Mundial. Que é que se faz enquanto soldado meteorologista? Tenta adivinhar-se quando vai estar muito sol e calor, para que os outros soldados das trincheiras, aqueles palermas que combatem e dão a vida pelo país, não defequem nas horas anteriores a esse pico abrasador, senão o odor torna-se intolerável?”. Sartre, qual francês que acabou de ser atacado pela Bélgica, rendeu-se: “Com esta é que me tramou! Se houvesse um prémio para melhor insulto você ganhava”. Optei por não desistir de bater no minorca: “E se houvesse um prémio para o melhor sair de rabo entre as pernas, você ganhava... e rejeitava.”.
Após esta e mais algumas trocas amigáveis de impropérios, que não vou meter aqui porque o bom-senso e alguns palavrões não o permitem, eu e Sartre acabámos por andar ao murro. Um homem espadaúdo como eu depressa dava cabo do anão de metro e meio que era o autor francês, por isso ele lá acabou suplicando-me por misericórdia, compensando com a disponibilização de uma das suas amantes para o caminho. E jamais a expressão “nunca se sabe o que pode acontecer ao virar de cada esquina” teve tanto sentido.
23.10.10 | 0 comentários

“Não, ainda não te consigo perdoar, dá-me um tempo... Mais exactamente uns seis anos.”

Foi hoje, dia 18 de Outubro de 1951, assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, um armisticio que põe um fim oficial ao estado de guerra entre os EUA e a Alemanha. Esta medida vem calar a boca de alguns críticos que acusam o Presidente Truman de não tomar medidas a tempo e de apenas tomar decisões burocráticas sem real efeito na vida dos americanos. Mamem Porcos! Quem é que não toma medidas a tempo agora? Em declarações que eu vou dizer que são exlusivas, Truman confessa estar “Satisfeito por finalmente ver os dois países em paz. Algumas pessoas dirão que há paz desde 1945, mas isso são claramente pessoas que nunca estiveram na mesma sala com alemães desde 45. Era cada olhar de esguelha! Bem, um clima de cortar à faca horrível! Mas agora com a assinatura deste documento importantíssimo, temos esperança, que essas divergências possam ser postas de lado.” Sorridente, o presidente continuou a falar com os jornalistas, numa conversa que alguns por de certo classificariam de importante, mas que o meu sentido de verdade me obriga a rotular de entediante, mal-cheirosa e pouco fofinha.
Como sou um jornalista nada dado a elitismos, depois de ouvir as declarações do presidente desloquei-me no meu Roll´s Royce até a um rua cheia de gente do povo. Ao sair do carro fui olhado com estranheza, sentimento que eu nunca esperaria que o meu casaco de peles de raposa provocasse. Passado pouco tempo percebi, contudo, que estas pessoas simples me tinham aceitado e estavam dispostas a falar comigo. O factor mais sintomático desta evidência foi talvez o rapto da minha filha. Ao levarem-me a pequena e deixarem-me um cartão no carro com a seguinte frase “Ou nos dás 400.000 doláres ou a tua filha falece, ricalhaço” as pessoas evidenciaram uma enorme vontade de falar comigo novamente. Fiquei contente, e como não sou um homem de desperdiçar opurtunidades, decidi aproveitar ao máximo a ausência da miúda que tantas vezes me complica o trabalho.
Ao perguntar a uma pessoa comum (um velho senhor com uma pala negra sobre a vazia órbita do olho direito) a sua opinião sobre a assinatura destes documentos, recebi uma resposta elucidativa do estado de espírito da populaça “o Presidente assinou o quê?!? Então mas não estávamos já em paz?! Mau, tu queres ver que tenho de ir lutar outra vez com os nazis?! Já perdi um olho não quero perder outro...” . Esta resposta, além de esclarecedora, fez com que também perdesse o meu carro. Pois no tempo em que o sr. Sparrow me contou a história de como perdeu o olho (uma curta fábula de 3 horas e meia que envolve papagaios comedores de olhos e um palhaço nazi domador de papagaios comedores de olhos) o meu carro foi roubado. Moderadamente chateado com a forma como esta reportagem estava a correr decidi ligar para os senhores que raptaram a minha filha. Ao desligar o telefone fiquei furioso. Os imbecis recusaram-se terminantemente a prestar declarações sobre a assinatura do armistício. Que animais! Como é que são capazes de negar declarações a um jornalista desesperado?! Que bestas... Ah, e também me disseram que se quisesse a minha filha a podia ter de volta. Ao que parece a petiz começou a fazer das dela, e eles já não a podem ver à frente e afirmam que “respiraremos de alívio no momento em que a virmos pelas costas”. Acontece às vezes, mas comigo não que sou pai dela e a amo mais que tudo neste mundo. Bom, está na hora de acabar esta reportagem e ir buscar a pequena aos raptores, faz hoje dois meses que não a vejo e começo a sentir saudades.
23.10.10 | 0 comentários

Entrevista: Graham Chapman


Quem ler esta entrevista tem de fazer uma vénia cerimoniosa de 10 em 10 segundos, pois o entrevistado assim o exige. Aliás, o nivel do entrevistado é tão alto e as suas respostas tão boas que deviam mandar esta entrevista por mail a todos os vossos conhecidos, mas tenham cuidado, não queremos que vá parar ao SPAM! Para vocês, Graham Chapman, ou o polícia que interrompe sketchs. Texto: É nosso mas o Chapman confessou-nos que podia perfeitamente ser um dos dele Foto: do homem da Sala dos Insultos


This interview is too silly! I am gonna close this!
Como jornalistas, vemo-nos sempre obrigados a ser imparciais, algo que nós, no Jazigo, seguimos à risca. Agora que isto está esclarecido, dá-nos um autógrafo?
Obviamente que dou, então! Eu sou uma pessoa simpá... Esperem lá um momento, vocês estão a tirar as calças para quê? Eu não dou autógrafos no rabo, era o que mais faltava! No peito ainda tudo bem, agora haja algum decoro!
Formou-se em medicina com notas altissimas, e no período em que se inquiria se deveria seguir a carreira artística ou ser médico, conheceu a Rainha Mãe e perguntou-lhe a sua opinião. Não achou arriscado deixar a sua vida nas mãos de alguém cuja linhagem de sangue apenas chegou aos dias de hoje por primos se casarem entre si?
Foi uma mera questão formal, obviamente que não tencionava ponderar a minha decisão com base na resposta dela. Se assim fosse, o mais provável era espetar-me contra um poste e morrer novo ou então crescerem-me orelhas de elefante. Enfim, coisas comuns naquela família.
Acabou mesmo por preterir medicina para se tornar humorista de um dos melhores grupos de comédia da história. Como é que alguém prefere ver Terry Jones vestido de mulher do que tratar de traumatismos crânio-encefálicos?
Caso se tenha esquecido, todo eu transpiro laricice, logo ver homens vestidos de mulher é uma das coisas mais “HUUU!” que me poderia acontecer.
Diga lá, agora que ninguém nos está a ler, afinal qual era a piada mais engraçada do mundo?
O José Sócrates é de esquerda e o Manuel Alegre ainda é socialista. Não, estou a brincar, não lhe posso contar a piada mais engraçada do mundo pois você faleceria, o que ainda é o menos, mas eu corro o risco de falecer duplamente o que seria uma chatice, visto que se para entrar no céu da primeira vez já foi dificil, imagine agora que vomitei duas vezes nos sapatos do S.Pedro (aqui no céu a bebida é do melhor!).
No filme Monty Python: A Vida de Brian, você foi raptado por extraterrestres por breves instantes. Como foi a experiência? Foi abduzido? Gostou?
Respondo-lhe com outra questão: Gostaria que lhe enfiassem uma sonda no ânus durante um quantidade de tempo equivalente a um ano para depois a retirarem e o fazerem sentar numa cadeira tipo as do Matrix, onde o seu cérebro é repetidas vezes furado e impregnado de imagens de Manuela Moura Guedes a fazer sexo oral a Mário Soares?
Depois de revelar publicamente a sua homosexualidade, os Monty Phyton receberam uma carta de uma senhora onde esta se queixava de um de vocês (ela não sabia qual) ser gay. Na missiva vinham 20 folhas com orações, que se fossem rezadas todos os dias o livrariam do inferno. Ao ler a carta, Eric Idle respondeu à espectadora dizendo “Descobrimos quem era e matámo-lo.” A minha pergunta é: ficou chateado com Idle por, além de se “virar” contra o público, não lhe ter dado as orações condenando-o assim ao inferno?
Não, não fico chateado. O Idle já teve a sua dose de rabichiche como vingança também: foi um juíz que vestia roupa interior feminina e um homem que abordava outros homens para saber como era estar intimamente com uma mulher. Chama-se karma, meu amigo.
O seu último trabalho foi o videoclip dos Iron Maiden “Can I Play with Madness”. Foi mesmo só como quem diz “olhem pá eu sou tão bom que até posso fazer videoclips que o meu prestigio nunca baixa!”?
Só fiz isso por uma razão: pensei que a mascote dos Iron Maiden, o Eddie, fosse a Carol Cleveland, a Python não oficial. Afinal enganei-me. Eles até são bastante parecidos, devem ser família ainda.
Eric Idle disse no seu Elogio que você tinha morrido para não ouvir mais Michael Palin falar. Confirma?
Desminto. Morri porque já não aguentava mais com o silêncio do Terry Gilliam, aquele tipo é preciso um requerimento para abrir a boca e falar, interpretar e fazer coisas à frente de uma câmera. Além do mais, o Idle contou-me que no futuro planeava entrar num filme juvenil de fantasmas. Pregou-me cá um susto! E ele nem era nenhum dos fantasmas do filme em questão.
A sua autobiografia foi escrita por cinco pessoas. Estará a sua autobiografia para as biografias como Elsa Raposo está para as pessoas normais, ou seja, cheia de gente?
É nestas alturas que me arrependo de aceitar entrevistas depois de morto. Quando algo é escrito por outras cinco pessoas, a modos que deixa de ser uma autobiografia. Mas pronto, que se lhe há-de fazer? Jornalistas ignorantes, é o que é! E repararam como eu fugi tão brilhantemente à resposta para não falar de Elsa Raposo?
Chegou a altura de esclarecer uma dúvida que perturba tanta gente: no Paraíso pode-se comer Spam? Se sim, então como é que você que não gosta de Spam se safa das pessoas que gostam de Spam e lhe tentam impingir Spam Spam Spam Spam e Spam? Já conseguiu comer Spam, nem que fosse Spam com Ovos e Spam? Ou pediu os Ovos sem Spam e Spam, mas acompanhados com Bacon, Spam, Torrada, Spam, um galão, Spam e Spam? O Spam é enjoativo ou pode-se comer Spam Spam Spam Spam Spam Spam Spam e mais Spam sem se cansar de tanto Spam? Percebeu a Spam? Ou melhor, percebeu a pergunta?
Lamento não ter podido responder a esta pergunta em condições mas ela foi parar ao lixo do meu email, por o meu PC pensar que era Spam. Tecnologias!
Olhando hoje para o trabalho que os seus colegas desenvolveram, consideraria John Cleese o mais “abichanado” por ter entrado nos filmes A Pantera Cor-de-Rosa?
Não, houve alturas em que, confesso, o meu pensamento era esse, mas depois vi-o no Harry Potter e mudei de opinião. Quer dizer, tinham cortado a cabeça ao gajo e ele ainda andava por ai como se nada fosse? É de homem! A mim se me cortassem a cabeça aproveitava a ocasião para relaxar e não fazer nenhum. Mas o gajo não! Continuava a lutar com cobras e o caneco, impossível de chamar maricas a um homem assim. E acredite em mim, se há alguém que percebe de maricas sou eu.
Imagine que está numa sala com duas portas que vão dar a outras respectivas duas salas. Uma das portas dá para uma sala onde se encontra uma ideia para um sketch bestial guardada por dez anacondas. A outra porta encaminha-o para uma sala onde 50 escorpiões tomam conta de uma garrafa de gin. Tendo em conta que não pode voltar atrás, em qual das salas entraria?
Essa é fácil. Mandava o Cleese entrar na das anacondas com um dos lemures dele, dava o papagaio morto a comer aos escorpiões e bebia o gin. No final do dia, o Cleese contar-me-ia a sua ideia genial e eu com a ajuda do gin dava-lhe o toque final que a tornaria num clássico. Fizemos isto aliás, várias vezes, o Dead Parrot surgiu assim. A única diferença é que na sala onde escrevíamos estavam uns gajos da Inquisição Espanhola.



23.10.10 | 0 comentários

O regresso dos reis

Written By Sérgio Pereira on sábado, 16 de outubro de 2010 | 16.10.10

E pronto, lá passámos mais um recibo verde aos nossos anacronistas e eles lá voltaram a escrever para o Jazigo. Querem um cheirinho? Não, não estou a falar em termos de flatulência, é mesmo de uma ligeira amostra do que Neendertal, Borga, Machete e Kenobi abordaram este mês.


José de Neendertal

“Pois ficas sabendo, Grug, que eu não compactuo com a porcaria e a canalhice nem muito menos com a insídia que para aqui vai! E mais, essa maneira de falar é rídicula!”. Foi com estas palavras que deixei o debate semanal onde discutia calorosamente os acontecimentos no mundo do desporto rei. Estou a falar é claro do “Montaball”, o desporto onde 12 jogadores tentam montar um mamute durante o máximo de tempo possível sem usar cordas. Para quem não conhece o jogo uma breve exposição: As origens do “Montaball” são desconhecidas. Uns afirmam que foi o Gragg que o inventou há quinze dias, outros dizem que não, que foi sem dúvida o Graag que o inventou há três semanas, e por fim havia os que diziam que quem inventou o jogo foi o Graagg, uma crença estúpida que decidimos punir com a morte. O Graag, por favor! A única coisa com que todos concordamos é que aquela primeira ideia de doze homens montarem uma mulher foi estúpida. A pobre da Grack nunca mais foi a mesma.

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Pe. Eucaristides Borga II

Graças a Deus ganhámos! Como esta vitória é importante para Portugal! Que o senhor abençoe… quem? Paulo Bento nada, não estou a falar de futebol. Quem é que Deus deve abençoar por termos sido eleitos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU? Os canadianos que eram os nossos opositores e desistiram? Muito bem, seja feita a Sua vontade.


Machete Guerra

Aquilo que estão a fazer é terrorismo político! É indecente, indecoroso e uma vergonha! Era correrem tudo à lei da bala! Mas que é isto, uma república das bananas? Peço desculpa mas sinto-me indignado. Como um ex-veterano de guerra em actividade profissional é uma vergonha o que se está a fazer a José Sócrates e o seu Governo PS. Não por o estarem a tentar arrasar, isso acho bem, que as minhas sete pensões são uma miséria, se passo a receber só três faço o quê, omeletas com ovos de galinha em vez de avestruz? Mas, como soldado, acho indigno haver gente a deitar já este governo abaixo sem ele ter ainda caído. Não lhe tirem o tapete, empurrem-no pelas escadas abaixo! Isso sim é honroso!


Rodolfo Kenobi

Tenho recebido vários emails de leitores deste espaço como uma queixa recorrente: “Porque é que, ó Kenobi, nunca nos disseste a nós seres humanos do ano 2010 se é mesmo possível aumentarmos os nossos pénis em 20 centímetros ou se aquilo é só mails fraudulentos?”. A resposta a esta pergunta é óbvia. É possivel aumentar o pénis até 40 centímetros, infelizmente isso de nada vos serviria pois daqui a alguns anos todas as vaginas terrestres serão como a vagina de Elsa Raposo, o que provocará uma mudança de rituais de acasalamento na nossa espécie. Não posso contar-vos como será, uma vez que a lei inter-temporal mo proibe, mas digo-vos apenas que a velha frase de “dois é bom, trinta e três é de mais” cairá em desuso. Outra das perguntas que os meus leitores da primeira década do século de dois mil me fazem é “Olha lá tu não eras sociólogo? Porque é que eu nunca te vi a escrever sobre isso? Huuum? Diplominha tirado na Independente?”. Acontece, caros leitores, que nunca fiz aqui grandes tratados sociológicos por várias razões que se reunem todas numa palavra que sozinha explica toda a complexidade da questão: chateia. Mas hoje isso acabará, pois hoje gostaria de discorrer sobre um assunto deverás importante para as sociedades onde vivemos: os cabeleireiros.


Lembrem-se, caros leitores, nós somos pessoas, gostávamos de ter reacções a insultar-nos. Por favor, de joelhos imploramos. Um forte abraço.
16.10.10 | 0 comentários

Imperadores do mediterrânico: A maldição abbabascada

Liberdade, igualdade, fraternidade, saco de pancada e ilhas paradisíacas. Assim se pode resumir a vida de Napoleão Bonaparte até ao momento, 16 de Outubro de 1815. Monarquias desaparecem, repúblicas despontam, burgueses enriquecem e o imperador vive à grande e à francesa.
Bonaparte pode mesmo comparar-se a Santana Lopes: mesmo não estando aqui, andará sempre por aí. Mas muitas têm sido as críticas pelo que ele tem feito por aí quando não está aqui. Da primeira vez que foi deposto do poder, o imperador da boina castiça e cavalo branco exilou-se na exótica ilha de Elba. Tudo porque “depois da sova que levei dos russos e do frio, vai saber mesmo bem uns dias amenos de praia com areia nos collants”. Mas cedo o herói da Revolução Francesa se fartou da ilha italiana, pois comer massa todos os dias cansa. Além disso, nem a pessoa mais paciente e complacente do mundo aguentaria um ano seguido vivendo no mesmo país que Silvio Berlusconi. São demasiadas piadas de mau gosto, e para mau gosto já chegam as camisas de Cláudio Ramos. O que tem uma coisa a ver com outra? Berlusconi e Cláudio Ramos estavam bem era juntos no mesmo saco, no fundo do rio Elba, que não tem nada a ver com a ilha a não ser terem o mesmo nome e estarem no mesmo continente. Mas já me perdi.

Lá partiu Napoleão, pronto para uma nova investida em França, com vista a recuperar o poder. E conseguiu, cerca de um ano depois de perdê-lo. Nem Vasco Gonçalves seria tão brilhante. Só que, mais uma vez, o futuro não iria sorrir a Napoleão. Pelo contrário, o maldito preferiu mostrar a língua e fazer caretas ao estadista. Assim fica provado que o destino é uma criança: só quer empapar-se em doces, fazer xixi nas calças e apenas com umas palmadas valentes é que aprende a respeitar os adultos. Contudo, e mesmo sendo um excelente chefe de estado, Bonaparte pecava por escassez em qualidades parentais de entidades abstractas. O seu sonho não morreu na praia nem nas montanhas, mas sim na Bélgica. “De todos os sítios no mundo, de certeza que não era aqui que previa o meu fim. Deve ser mesmo o pior cenário imaginável. Preferia cair na Grécia ou no Egipto, ao menos era humilhado num panorama agradável, pertencente a duas grandes civilizações como a França nunca será, pois aqui têm todos um feitio insuportável que já nem uma pessoa pode tentar ser imperador à força toda. Por isso é que este país não anda para a frente, por causa da mesquinhice e do buço no rosto.”. Após Waterloo, Napoleão exilou-se ontem, dia 15, na ilha de Santa Helena, também esta nada extravagente e confortável. “Isso são pessoas com inveja que já estão fartas de ver todos os dias os Champs-Élysées e um corcunda a tocar ao sino. Não tenho culpa que essa gente não arranje uma vida e tenha de andar a comentar a dos outros. Já que se quer chegar a esse cúmulo, então alguém invente um tipo de revistas que só faça isso.”. Não atentem nas palavras deste homem acabado, não é preciso chegar a tal descalabro social. “Você é que puxou assunto, falando há bocado do Cláudio Ramos.”. Pxxxt homem, não invoque o nome do demo em vão.
Como o tempo de satélite se me estava a acabar, bem como a água de côco misturada com gin que tinha no copo, restava-me apenas uma pergunta a Bonaparte: que terá em mente o bi-ex-imperador francês após este novo fracasso? “Vou tentar não apanhar sífilis nem que uma banda sueca de qualidade duvidosa faça sarno de mim.”. Objectivos realistas, mais do que aqueles que Costinha apresentou no início da época. “O meu Ajaccio dava cabo do seu Sporting.”. Não estique a corda antes que lhe enfie esta garrafa de arsénio pela goela abaixo, está bem?
16.10.10 | 0 comentários

Ninguém acreditou que Maria Antonieta cometeu actos incestuosos mas isso não é razão para não lhe cortar a cabeça

Os risos invadiam a praça de uma forma que o bom gosto me impede de chamar obscena, mas que classificarei de abjecta. As pessoas iam-se juntando, aos poucos, muitas tinham nas mãos grandes pedaços de fruta e hortaliças podres. Tinham-nas trazido para arremessarem à cara da condenada. Estes seres humanos adoráveis acham que o medo da morte e a guilhotina não são o suficiente para castigar as pessoas. Parecem pensar que se a condenada não levar com um tomate putrefacto no trombil, não há justiça e a sacana safa-se de boa. À medida que a gaiola (sim leu bem, eles levaram-na até a guilhotina numa gaiola) se ia aproximando do palco, mais e mais fruta podre era arremessada. No meio da tragédia uma imagem insensivelmente cómica surgiu-me no espírito “Ainda bem que não está aqui o José Eduardo Bettecourt se não era ver o João Moutinho ser arremessado sem dó contra as grades da gaiola, uma e outra vez”.
Quando chegou finalmente ao estrado, Maria Antonieta, ex-Rainha de França, era uma sombra do que outrora tinha sido. De cabelos brancos e grandes olheiras tinha um aspecto horrível, que me levantou duas questões. “Como é possível que aquela rapariga do Homem-Aranha tenha sido escolhida para desempenhar este papel?” foi a primeira, mas aquela que talvez me invadiu a alma com mais força, qual claques dos super-dragões a invadir uma estação de serviço, foi “Isto realmente há pessoas que se deixam mesmo ir. Custar-lhe-ia muito ter arranjado o cabelo? Quer dizer, já que vai falecer ao menos que faleça in (mesmo na minha cabeça, a palavra in estava escrita em itálico).
Quando Maria Antonieta saiu da gaiola o povo delirou. Os gritos de “meretriz, meretriz” e “oferecida, oferecida” eram secundados por gritos de homens desesperados e abstraídos de toda a confusão que entoavam “onde, onde? É cara a gaja? Vale a pena?”. Maria Antonieta enfrentou todas estas provações como uma verdadeira rainha. Olhou para o povo de cabeça bem erguida e honrada, não se deixando rebaixar pela populaça. Claro, que isto a única coisa que lhe valeu foi levar com mais um tomate na pinha, ou terá sido fígado de porco? Às vezes confundo-me.
O carrasco afiava a guilhotina daquela maneira obscena que todos nós já vimos em filmes de época e que eu me vou abstrair de comentar por ser do conhecimento de todos. Enquanto tentava não pensar no que se seguiria, dei comigo a cogitar na audiência/julgamento que tinham levado a cabo contra Maria Antonieta. O julgamento, se é que se pode chamar julgamento a uma sessão cujo único propósito era a condenação, teve um pouco de tudo. Acusaram a Rainha de fornicar com o filho, chamaram-lhe traidora, disseram que além de fornicar com o filho o tinha traído também a ele com um bastardo que ela tivera apenas com esse propósito, o habitual portanto. Claro que ninguém acreditou por um segundo que Maria Antonieta tivesse, de facto, dormido com o filho, até porque a ex-soberana fez um apelo comovente do género “todas as mães sabem graças ao seu coração de mãe que eu nunca faria isso!”, mas também ninguém quis saber. Ela não estava a ser julgada por isso, mas já que isso tinha vindo à baila melhor, mais uma razão.
Enquanto me encontrava perdido em contemplações, que o leitor já deve começar a desconfiar que apenas servem para dar contexto as notícias que escrevo desta forma, Maria foi posicionada debaixo da guilhotina, ou como o povo lhe chama aqui “sessão de cinema das cinco da tarde”. Com tudo a postos a lâmina desceu enfim. A partir daqui as coisas ficaram feias. Arrastaram a cabeça de Antonieta pelas ruas, qual carro de recém casados cheio de latas, e vi ainda o carrasco aproveitar-se para mexer nas maminhas da ex-rainha.
Repugnado, enojado e ainda um outro sinónimo destes, saí dali rumo à redacção do Jazigo com o coração nas mãos. A verdade é que não era o único com o coração nas mãos neste dia. A única diferença entre mim e os demais era que o meu coração estava figuradamente nas mãos, enquanto eles tinham literalmente corações nas mãos. Ao que parece ainda não se fartaram de atirar coisas e querem um encore. Pode ser que tenham sorte.
16.10.10 | 0 comentários

Aviso aos leitores

Written By Tiago Lacerda on sábado, 9 de outubro de 2010 | 9.10.10

Minhas papoilas sub-aquáticas:
Serve a presente missiva para vos relembrar de que os classificados deste mês já se encontram disponíveis bem como as noticias desta semana. Os classificados consultam-nos aqui. As notícias basta mexerem esse vosso rato para baixo.
Relembramos também que na passada terça-feira colocámos mais uma edição especial no ar, e que se não a viram podem ver que vale mesmo a pena.
Era isto, agora deleitem-se com os conteúdos fantásticos deste blog.
Ide, ide.

Ass: A sério!? Ainda não sabem os nossos nomes depois de tanta coisa porque que passámos juntos? Essa doeu leitor...
9.10.10 | 0 comentários

Saramago recebe Prémio Nobel da Literatura! Vírgulas juntam-se em protesto e prometem nunca mais entrar num livro seu.

O primeiro prémio Nobel da literatura dado a um português foi atribuído a José Saramago. Ora, isto deixa-nos a pensar pois, se os prémios Nobeis da literatura agora são entregues a gente que não usa pontuação em condições, então qual quer dia o prémio Nobel da paz será entregue a um homem que nunca fez nada pela paz além de desejá-la (um presidente que esteja em guerra com dois países ou assim) e isto não me parece correcto. Quer dizer, atribuir um prémio Nobel ao Saramago só porque escreve extremamente bem não se faz, se ele escrevesse bem e não desse de propósito erros gramaticais, e assim tudo bem, agora nestas condições sinto-me um bocadinho enganado pela academia.
Alguns dirão que a obra do Saramago fala por si, mas essas são claramente pessoas estúpidas, se há coisa que os livros não fazem é falarem, além disso só porque o Ensaio sobre a Cegueira é brilhante não é desculpa para que as pessoas da academia fechem os olhos à falta de estética das capas dos livros do José. Tudo bem, não se julga um livro pela sua capa, mas capas todas amarelas nem merecem julgamento, é logo execução.
Perdoem-me os meus leitores habituais se acharem que estou mais a dar a minha opinião do que a dar-vos uma noticia imparcial e espectacular como é meu apanágio, mas este assunto deixa-me mesmo possesso (mas de uma maneira nada a ver com religiões e espiritozinhos que eu nisso estou de acordo com o José, é tudo uma palhaçada), e deixa-me chateado porque se há coisa que me faz espécie é ter de ler frases super longas sem um ponto final há vista e onde as vírgulas são lufadas de ar tão fresco como o ar de dentro de uma caixa de 5 cm depois de alguém ter soltado as suas flatulências lá dentro durante cerca de 5, ou vá lá, 10 minutos (que isto há gente que quando começa vai de tal forma lançada que nunca mais ninguém os apanha). Mas enfim deixarei a minha opinião de lado e passarei a relatar apenas a noticia.
O prémio foi atribuído a Saramago em Estocolmo numa cerimónia muito bonita onde o escritor da Azinhaga leu um discurso cheio de referências ao seu passado difícil, e onde não se esqueceu de mencionar que os seus avós dormiam com porcos, todas as pessoas na assistência ficaram encantadas com esta história, todas menos um pastor sueco que disse em alto e bom som que ele dormia três vezes por dia com uma ovelha e nunca ninguém tinha contado a história dele por isso era uma injustiça estar ali aquele comunista a armar-se em bom. Esta pessoa foi convidada a sair, depois de toda a gente lhe explicar que o que ele fazia com as ovelhas não se podia chamar propriamente “dormir” e que no caso dos avós de Saramago ninguém dormia com os animais por puro deleite carnal como parecia ser o caso deste pastor que meia hora depois ainda ninguém sabia muito bem como raio tinha ele entrado numa cerimónia de gala quando, ainda por cima, estava vestido de forma tão rústica que até o Engenheiro Sousa Veloso lhe diria para arranjar uns trapinhos novos para quando fosse aparecer na televisão.
Estava Saramago a sair do palco, e a cerimónia quase no fim, quando eu recebo a informação que um duplo de José se encontrava a fugir do centro comercial castrador onde trabalhava usando para isso uma passarola e a mesma fissura temporal por onde Caim andou a vadiar. Corri desalmadamente, qual individuo que acabou de receber uma carta da morte a anunciar-lhe que o seu “contrato temporário a que chamamos vida” chegou ao fim, tal era a importância da história. Ao chegar ao local, contudo, tive uma desilusão, afinal era só Ricardo Reis que tinha feito escala aqui enquanto seguia de regresso a Portugal um ano após a morte de Fernando Pessoa. “E para isto fui eu deixar o Salomão à chuva!” pensei chateado. Voltei então para a cerimónia jurando a mim mesmo que nunca mais leria nenhuma obra de Saramago, tal o sofrimento que me estava a causar cobrir esta história. Como podem ver cumpri a promessa na íntegra.
9.10.10 | 0 comentários

Hasta la vista, irmão do Danny DeVito

Como é recorrente, as notícias que pululam neste blog fazem referência a temas actuais que se passaram há milhares de anos. Pois se me é permitido, desta vez terei um comportamento desviante e falarei sobre algo do presente. O quê, ai o sô leitor está para aí a barafustar, dizendo que fazer algo do género seria uma incongruência monumental e contra-natura com a linha editorial? Pois eu pergunto: o leitor faz parte da edição? Não? Então caluda! Quem manda aqui sou eu, que além de jornalista e co-autor, também sou co-editor, por isso se quisesse vir para aqui falar da melhor maneira de curar chouriços, fazia-o! Mas talvez isso fique para outra altura. Hoje vou falar desse grande homem que é Arnold Schwarzenegger. Tem quase, quase 1.90m, por isso pode-se considerá-lo grande.
O astro de cinema de acção de Hollywood decidiu calcorrear outros caminhos no ido ano de 2003. Infelizmente não foi para se reformar e retirar-se para uma casa nos Alpes austríacos, dedicando-se à pastorícia. Nada me dava mais gosto do que ver Arnie a ordenhar uma vaca, para posteriormente o leite servir para fazer Milkas. Mas opiniões pessoais à parte, na verdade Schwarzenegger dedicou-se à política, concorrendo para Governador do estado da Califórnia, nos EUA. Pois bem, surpreendentemente ou não, Arnaldo ganhou mesmo as eleições de 7 de Outubro de 2003 com mais de 50% dos votos. Em 2006, quando se recandidatou, conseguiu resultado idênticos. Uns especialistas chamam-lhe “fenómeno Tiririca”, que trocado por miúdos (e não estou a falar de tráfico infantil, que isso é crime) significa “o povo vai à bola com qualquer palhaço”; outros inclinam-se mais para a hipótese “fenómeno votem em mim ou eu termino convosco, e não no sentido romântico”. Além do mais, que pessoa mais qualificada há para um cargo de Governador do que alguém que é, ao mesmo tempo, um herói e vilão da BD que está casado com a Jamie Lee Curtis e faz de tudo para dar o boneco preferido ao filho no Natal, mas que secretamente também é um robô que cuida duma creche e tem um irmão gémeo anão e gordo?
Após sete anos de governatura maravilhosa, em que o super-polivalente Schwarzenegger teve de apagar vários fogos... vá, mentira, essa parte foi com os bombeiros e as árvores e as casas... em que o bonzinho que corre os mauzões à bordoada teve de resolver astutamente diversos imbróglios políticos... espera, é a Califórnia, o estado onde tudo é permitido menos bom senso... em que Schwarzy apareceu várias vezes à frente das câmaras fotográficas e de televisão, sorrindo e mostrando todo o seu esbelto e brilhante teclado bocal, o mandato chega rapidamente ao fim, e no próximo mês de Novembro este austro-americano terá de fazer a trouxa e voltar a ser um actor trouxa. Ou então não, pode muito bem dedicar-se à continuidade da sua carreira política... peço desculpas, de Relações Públicas num cargo administrativo.
O que este homem fez por um dos maiores estados americanos é notável, exactamente porque fez pouca coisa digna de registo. Mas muita gente preocupada se pergunta: a quanto é que está o bife de novilho no Intermarché? Pois isso não sei responder, mas posso dizer que com Arnold Schwarzenegger fora do assento de governador californiano, o estado onde raramente chove encaminha-se para uma seca terrível de popularidade gratuita, o que pode levar a um futuro muito trémulo. E não, não estou a falar do amanhecer de São Francisco.
9.10.10 | 0 comentários

Olha quem são eles! Ah, afinal são os mesmos de sempre

Written By Sérgio Pereira on sábado, 2 de outubro de 2010 | 2.10.10

Ora sejam bem-vindos a mais um post actualizatório deste pasquim que é Embaixador da Boa-Vontade das Notícias Parvas.

Normalmente este tipo de post só aparece quando há algo novo que foi publicado num separador. Pois bem, este Sábado só foram postadas as habituais duas notícias com qualidade assinalável e certificadas pela UE. Mas achámos por bem alertar que na próxima 3ª feira será colocado material novo, único e exclusivo (a não ser que tenham andado a hackear os nossos computadores, o que é muito feio). Como muito bem sabem, a próxima 3ª é o dia 5 de Outubro, tremendamente importante porque foi nesse dia que nasceu Kate Winslet. Pensámos em fazer um tributo a essa brilhante actriz, mas temiamos que o texto criado fosse mais belo que a mui sexy Kate. Por isso virámo-nos para um tema alternativo e pouco conhecido: a instauração da República em Portugal. O texto será publicado na secção Especial. Se quer saber o que saiu das mentes artísticas e perturbadas dos co-autores deste blog, passe por cá na 3ª, será muito bem vindo.

Um abraço forte,
Dos co-autores de quem toda a gente já sabe o nome devido ao seu enorme contributo socio-cultural


P.S.: É bem vindo sim, mas não esteja cá à espera que lhe damos rissóis ou acepipes. Lê o conteúdo e vai-se embora que nós não gostamos de ocupas.
2.10.10 | 0 comentários

E Deus inventou o Homem, que inventou uma maneira de dar a conhecer o Deus que tinha inventado há uns séculos atrás

É com alguma alegria que anuncio que foi editado o primeiro livro da História. Esperem... Acabei de receber uma notícia de última hora... Portugal está em crise daquela crise que estava em crise de uma crise! É oficial, o nosso país bateu o record do Guiness de acumulação de crises! Calma... Outra notícia de última hora... Bom... Hã... Vou ter de recomeçar a notícia de outra forma.

É com grande neutralidade do tipo ph0 que anuncio que foi editado o primeiro livro da História. Johannes Gutenberg, um inventor alemão, imprimiu várias cópias da Bíblia. É para já difícil compreender a magnitude deste feito, pois não se sabe muito bem como vai receber o público uma obra que exagera tanto em termos de ficção. Nos poucos depoimentos que conseguimos obter – foram poucas as pessoas que encontrámos na rua sem dentes podres e que soltassem palavras e não grunhidos – foi possível perceber que um livro de Nicholas Sparks, Paulo Coelho ou Margarida Rebelo Pinto seriam muito mais bem recebido, porque, segundo um homem da Renascença (mais conhecido como homossexual no século XXI), “as histórias de amor lamechas são popularmente mais bem recebidas do que aquelas onde há incesto, fraticídios, infanticídios e crucificações”.

Este pé atrás que as pessoas estão a colocar em relação à Bíblia de Gutenberg pode ser prejudicial para o futuro do alemão, que se arrisca a morrer na miséria, algo nada comum entre os génios desta altura. Se bem que se tal acontecer a culpa até se pode atribuir ao Jonas, que não percebe visivelmente muito de marketing. Numa conversa com um monge copista, este disse que “quando o primeiro livro que se imprime e edita é um calhamaço com quase 1300 páginas, ou se é idiota ou se é cidadão de um país que no futuro fará coisas terríveis à Humanidade”. Resta esperar pelo futuro eterno para perceber qual das hipóteses está certa. Confrontado com a hipótese de, se este negócio da impressão e edição dar certo, o seu trabalho correr sérios perigos, o monge copista afirmou “Seria um escândalo! Mas não me admiraria, pois já se sabe que toda a gente está contra o pequeno comércio e, principalmente, contra homens carecas que se fecham num mosteiro, fazendo sabe lá Deus o quê.”.

Já Jonas prestou poucas declarações, pois encontrava-se ocupado a imprimir a primeira revista masculina, algo que o mesmo prontamente desmentiu dizendo “Não, não, isto é... pfff... uma revista para as mulheres... hã... poderem fazer comparações e... e... e descobrir as diferenças entre o seu corpo e o destas meninas bem jeitosas. Puramente didático. Peço desculpa, tenho de ir ali à casa-de-banho”. Como nesta altura ainda não há casas-de-banho estranhei um pouco, mas lá esperei. Passado quinze minutos lá voltou o Jonas com um sorriso maroto na cara, dizendo o seguinte sobre a Bíblia que editou: “É um livro claramente interessante e muito desafiador, porque ninguém consegue perceber com exactidão quantos cogumelos alucinogéneos tomaram as pessoas que o escreveram.”.

Agora resta-nos esperar que alguém limpe as bancas do peixe para se poder exibir lá o Livro Sagrado dos Católicos que Coitadinhos São Tão Inocentes que Acreditam em Qualquer Peta. Também vamos esperar que apareçam dentistas, que tenho aqui uma mó quase a cair.
2.10.10 | 0 comentários

Choque!! Associação Internacional dos Trabalhadores assim que foi criada marcou uma greve!!

Foi hoje criada em Londres a primeira Associação Internacional dos Trabalhadores. Esta organização que lutará pelos direitos dos trabalhadores foi fundada por Karl Marx (não podemos dizer que haja uma grande surpresa aqui, pois não?!) e começou por definir na sua primeira reunião se os seus membros deveriam fazer uma greve já ou esperar para fazer mais tarde (aqui se falava de uma greve para a semana que vem). O consenso foi difícil de encontrar até porque, vários participantes descontentes com a falta de harmonia e sobretudo com o facto de não haver uma decisão sobre a greve, entraram em greve contra o facto de ainda não se ter decidido quando se fazia a greve.

A partir daqui a comunicação ficou difícil. Enquanto Marx coçava de forma erudita a sua barba ouviam-se gritos de ordem variados. “O Marx é cocó e os seus discursos não decisivos fazem-nos fazer ó ó!” e “A luta continua! Não decisão sobre a continuação da luta, para a rua!” foram alguns dos que mais se ouviram. Mas por fim, passadas que estavam algumas horas, as partes chegaram a consenso e os grevistas calaram a matraca. Agora era só decidir quando abririam a sua revolucionária boca outra vez. Mas isto já não demorou muito tempo. Passado cinco minutos Marx levantou-se e disse “Em verdade vos digo, que a religião é o ópio do povo”. Ficou tudo tipo “Marx hellooooooooo! ´Tamos a tentar decidir greves, minha porca, não tem nada a ver com isso. Por isso vê se te calas e se despes esse soutien que te está a apertar tanto que conseguimos ver um bocadinho dos teus pulmões”. Marx sentou-se desiludido e não falou mais o resto da reunião.

Quando por fim a data da greve foi decidida, foi uma festa. Eles saltaram, eles pularam, eles fizeram enrolamentos atrás, foi maravilhoso de se ver, pelo menos para quem gosta de ginástica. Quando um dos trabalhadores estava em pleno ar (fazendo triplos mortais agachados de olhos fechados e pernas cruzadas atrás das costas) lançou a piada que acabaria por dar cabo do que restava do espírito de Marx “E se as teorias do Marx pegassem e por causa disso se criasse uma super-nação que ganhasse em todos os jogos olímpicos?”. A gargalhada foi geral, tal era o nível de idiotice do cenário.

Passavam já das cinco e meia da manhã quando a reunião acabou. Quando saí em direcção ao meu apartamento pensava para comigo “Será que tenho ovos em casa?”. Acabei por decidir que tinha e fui para casa. Ao chegar a casa outro pensamento, este mais fraquinho que o anterior, electrizou-se na minha mente qual Pikachu a tentar defender-se de ser molestado, “É impressão minha ou esta Associação Internacional dos Trabalhadores faz tudo menos trabalhar?”. Depois de analisar estupefacto esta constatação, dirigi-me furioso com a hipocrisia dos trabalhadores ao frigorifico. Toda a gente sabe que se há algo que me acalma o espírito é uma omeleta. E se eu precisava daquela omeleta!! Descobri que não havia ovos.

Fo#$%?&!

2.10.10 | 0 comentários

O outro projecto destes dois dementes

O Jazigo das Notícias

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