
Por todo o lado reacções como estas repetem-se. Desde que Martinho Lutero se insurgiu contra as políticas da igreja, colocando as suas já famosas 95 teses na porta da capela de Wittemberg, tem sido o caos. Fontes próximas de Lutero afirmam que o alemão não pertendia dar início a esta revolução religiosa. E que apenas queria não ter de pagar por cada pecado que cometia “é que sabe”- conta-nos um homem com grandes barbas ruivas e chapéu amaricado -“ele é gajo para pecar muito. Ao ritmo que ele peca não há dinheiro que resista”. Estas declarações foram. no entanto. desmentidas ao Jazigo pelo próprio Lutero em pessoa. “Quem é que lhe disse isso?” – é a primeira pergunta que um Lutero em boxers e com voz roufenha nos faz. “Isso é tão falso como as mamas da Luciana Abreu, Deus as tenha debaixo de olho. A minha intenção era alertar os espíritos das pessoas, não fugir ao pagamento por pecar demasiado! Até porque eu sou um homem que peca pouco.” Dito isto Lutero retirou-se para dentro de casa, onde este jornalista conseguiu vislumbrá-lo a iniciar actos homosexuais com dois rapazes usando como protecção uma coisa a que chamava de “pre-ser-va-tivex”. Com os clamores de “Satan!! Satan!!” de Lutero nos ouvidos abandonei o local.
Dirigia-me ao local onde tudo começou. Dirigia-me a capela de Wittemberg. Mas acabei por perceber que era estúpido. Quer dizer, o padre da capela de Wittemberg deve ter mais ou menos a mesma opinião que o que dá a missa na capela ao pé de minha casa. Para quê por quilómetros em cima do novo burro? Está a vida boa, não!
Ao entrar na igreja, os gemidos de dor devido ao manifesto de Lutero encheram-me o coração de angústia. Mas depois apercebi-me que era apenas o Padre Afonso a aplicar as suas (também já famosas) 95 estocadas. Depois de o Paulinho nos ter deixado, a conversa com o Padre Afonso correu solta. “Que acha desta coisa toda do Lutero e não sei quê?” perguntei eu astutamente, recorrendo aos meus muitos anos de experiência e ao mestrado em jornalismo que tirei por pombo correio. “Uma blasfémia!”. E foram basicamente estas as declarações do Padre Afonso. Ele falou mais, como vos disse a conversa correu solta, mas posso facilmente resumir o conteúdo de 12 horas de conversa sobre Lutero nestas duas palavras. Pena que o Padre Afonso não tenha conseguido.
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