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Estas novas tecnologias avançam tão rápido que nem pelo bI-Pod passámos

Written By Sérgio Pereira on sábado, 30 de outubro de 2010 | 30.10.10

O drama, a tragédia e o horror instalaram-se nas ruas um pouco por todo o mundo. Milhares de milhões de pessoas correm desalmadamente sem norte tentando fugir a um pesadelo bem real. Mas parece que nada nem ninguém as irá poupar à imagem de Sousa Veloso todo nu com um gorro de orelhas na cabeça e uma pulseira de equilíbrio no tornozelo esquerdo. O engenheiro saiu de casa desta forma, cantarolando “Como um Macaco Gosta de Banana” de José Cid, acompanhada de passos de ballet e cha-cha-cha. Entrevistado por este conspícuo jornalista do Jazigo, Sousa Veloso declarou que “a minha saúde mental já não é o que era, além de ter urgentemente de adquirir nova indumentária. Os meus fatos cinzentos anos 50 foram todos comidos pelas traças, de modo que isto é tudo o que me resta. Por estar a olhar para eles com ar enojado, sabia que os tomates são frutos? Podiam perfeitamente fazer um bom sumo da Compal!”.
Como um mal nunca vem só, as pessoas pararam de correr para olhar o que se soerguia no cimo dos montes mais próximos. Seria um pássaro? Seria um avião? Seria Artur Albarran usando somente uns suspensórios do Noddy? Não! Eram tripods! Máquinas gigantescas com três pés, comandadas por alienígenas, tentando exterminar a raça humana. Todos os seres vivos começaram de novo a correr sem sentido, excepto o Eng. Sousa Veloso que, de costas para mim, se curvava todo para apanhar uns espinafres. De um lado, extraterrestres a querer acabar com a nossa existência; do outro, a visão arrepiante do fim do mundo. Muito negra mesmo. E com pólipos.
Como pessoa, os meus instintos diziam-me para fugir a sete pés. Como repórter robô, o objectivo era o de entrevistar os condutores daqueles tripods. Por isso mesmo defequei involuntariamente nas calças e segui em direcção daqueles seres automatizados gigantescos. No caminho que estava entre nós pensei se os tripods tinham alguma árvore ambientadora pendurada no espelho retrovisor, pois aquele cheiro que vinha detrás das minhas costas começava a incomodar o olfacto. O efeito nefasto deste odor ficou provado quando me aproximei dos seres de outros planetas, que imediatamente caíram para o lado. Felizmente lá houve um que resistiu e me concedeu umas palavras: “Até agora a missão tem estado recheada de sucesso. Portanto, temos exterminado bastante, tortura e violações têm sido q.b., agora é esperar que tudo continue a correr pelo melhor.”. E objectivos para o futuro? “Olhe, neste momento temos uma equipa com os nossos melhores profissionais a varrer o Paquistão para encontrar o Bin Laden, o sacana esconde-se muito bem! Mas estamos a tentar atraí-lo para fora da gruta utilizando comida kehbab. Contamos no fim do dia ter a questão resolvida. Além disso vamos continuar em direcção a Oeste, temos umas contas pendentes com o Tom Cruise e a Dakota Fannigan, no nosso planeta achámos lamentável a figura que essas duas abantesmas fizeram no filme A Guerra dos Mundos. E, além disso, nós fomos retratados como os maus da fita, o que é uma coisa inacreditável! Quer dizer, vem uma pessoa para o Planeta Terra fazer a sua vida para sustentar a famelga e depois somos confrontados com estas infâmias! Isto é o nosso ganha-pão, haja respeito e compreensão!”. Então e vão começar já a dar cabo desta cidade ou tenho tempo de ir a casa tomar banho e mudar de calças? “Pois como os meus colegas ainda estão caídos anestesiados com o seu aroma, pode ir à sua vidinha, pode. Mas não se demore muito que isto mais minuto menos minuto começamos com a chacina, não podemos delongar que ainda temos muito trabalhinho pela frente.”.
Correndo mais depressa que o Usain Bolt, não com medo de ser trucidado pelos aliens mas porque já tinha o rabo a assar, cheguei ao meu lar num ai. Após um breve duche de 40 minutos, encontrei o Eng. Sousa Veloso a fazer malabarismo com ananazes, enquanto Artur Albarran lambia gelado stracciatella do seu próprio corpo desnudado. Os agora meus amigos de outros mundos passaram ao lado de minha casa e disseram-me adeus sorrindo. Alguns levavam molas no nariz, pois depois do banho vesti as mesmas calças de antes. Ele há dias em que nem vale a pena sair de casa!

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