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Há medalhas? Há. Vocês possuem opiniões? Possuimos.

Written By Tiago Lacerda on sábado, 29 de janeiro de 2011 | 29.1.11

Sejam bem vindos (mais uma vez) ao Jazigo das Notícias, folgamos em vê-los por cá e também gostamos do que fizeram ao vosso cabelo, fica diferente...
Serve o presente post para informar que as opiniões que os autores tão airosamente produziram já se encontram disponíveis. Ora espreitem lá que nos deixamos (não é como daquela vez em que espreitaram pela fechadura do quarto dos vossos pais, sem avisar, e depois arrependeram-se para o resto da vida):

"O português é um povo com um sentido de oportunidade horrendo. Só se importam com o seu umbigo e, quando confrontados com situações quotidianas muito importantes, fazem do mais mesquinho e inimaginável para se distraírem com situações menos importantes. O mês de Janeiro é a prova viva disso mesmo, com um exemplo por semana. Ora vejamos então." Quem o diz é Sérgio Pereira.

"Se os meus leitores são tão atentos como eu gosto de pensar que são quando fantasio com vocês no banho, terão reparado por certo que este espaço viveu nos últimos três meses uma espécie de férias de opiniões relevantes e/ ou interessantes." Quem o diz e neste caso também faz é Tiago Lacerda.

Por fim não se esqueçam de congratular os laureados com as Medalhas deste mês.
Se não quiserem ler ou não gostarem das nossas opiniões, por nós tudo bem. Ao menos nenhum de nós tem um cabelo estúpido como o seu, caro leitor.*
Até para a semana, um abraço:
Da equipa do Jazigo, dos familiares da equipa do Jazigo e de um drogado conhecido da equipa do Jazigo
* Na verdade o cabelo de Tiago Lacerda é das coisas mais estúpidas que existem no mundo capilar. Mas como diria esse guru televisivo que é Teresa Guilherme "isso agora não interessa nada".
29.1.11 | 0 comentários

Bee Gees cometem crime! Irmãos Gibbs dão o seu primeiro concerto em solo americano.

Quando um fino e agudo zumbido me entrou de forma irritante pelos ouvidos adentro soube que a hora tinha chegado, que o primeiro concerto dos Bee Gees em solo americano começara. Aproveitando o meu lugar privilegiado (estava em cima de um monte a cerca de 25 quilómetros do palco) descontrai e tentei relaxar. Não consegui. Mesmo no meu lugar de sonho que me permitia ver (com binóculos) os irmãos ao longe, o som penetrava em toda a área sem respeito nenhum, como se fosse uma estrela porno masculina hiperactiva que vinha em ondas irritantes e constantes.
Resignado levantei-me, e no cimo do monte ponderei as minhas opções. Podia ir-me embora e inventar uma história qualquer sobre o concerto, mas o meu sentido ético e sobretudo a minha falta de imaginação não mo permitiam. Podia ficar ali, esperar ter um ataque cardíaco e fazer sozinho a minha reanimação cardíaca ao som da música Stayin’ Alive, só para ter a experiência de como seria recuperar de um ataque cardiaco com essa música para em seguida falecer devido aos ultra-sons emitidos pelos irmãos Gibb. Também não me pareceu boa ideia. Optei, por isso, por me ir dirigindo até à farmácia local comprar tampões (dos que as mulheres usam), metê-los nos ouvidos e dirigir-me ao backstage na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva.
Isto revelou-se um erro. A parte dos tampões foi bem pensada, mas a entrevista que consegui no backstage não se revelou interessante nem pude fazer nada com o material recolhido devido a um erro meu. É que, imperdoavelmente, tinha-me esquecido do meu morcego chamado Maurício em casa. E sem um animal capaz de captar, suportar e por fim traduzir os sons que saíam das bocas dos três irmãos, a entrevista revelou-se tão inútil como todas as entrevistas feitas por Daniel Oliveira. Nem mesmo as minhas infalíveis perguntas de “que dizem os teus olhos?” e “E os teus rins que dizem?” me serviram de muito.
Triste com a minha fraca performance jornalística, abandonei o recinto. Tive sexo com três prostitutas que foram simpáticas o suficiente para me dizerem que também elas estavam desiludidas com a minha performance. Jornalística, claro. No entanto, enquanto ia a conduzir em direcção a casa (ao som de Moonspell para pôr os meus agudos e graves outra vez no sítio e para cometer aqui um anacronismo giríssimo) pensei para comigo “ se calhar nem foi mau de todo”. Se eu tivesse feito o meu dever de jornalista, tinha levado o Mauricio e este teria muito provavelmente falecido em 48 horas devido a surdez que o incapacitava de se desviar das estalactites que tenho em casa. Assim falhei como jornalista mas estive bem como dono de um animal de estimação, pensei sorrindo de mim para mim que é mais ou menos o mesmo que dizer que me rio sozinho.
Todo contente continuei o meu caminho. Quando cheguei a casa encontrei o Mauricio morto. O CD dos Bee Gees que eu tinha comprado para melhor me preparar para o concerto estava a tocar. O Mauricio estava no chão com todo o ar de quem tinha batido numa estalactite.
Oh amarga ironia!
29.1.11 | 0 comentários

Ainda diziam que o Saddam era pioneiro. Um macaquiinho de imitação!

Written By Sérgio Pereira on sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 | 28.1.11


Aaaaah, como o mundo do jornalismo inventado é difícil! As exigências que semanalmente se nos apresentam, obrigando-nos a dar largas à nossa imaginação para criar textos alucinados e, com sorte, ligeiramente humorísticos, são um fardo pesado que mói os músculos da sabedoria fantasiosa. Por vezes, o cérebro não nos responde, num acto de rebeldia imberbe, deixando estes jornalistas em maus lençóis, a pensar como cumprirão os seus desígnios profissionais. Não raras vezes esses jornalistas precisam de umas férias relaxantes e revigorantes. Esta semana o destino escolhido foi a gigante ilha que é a Austrália, mais concentrado nos estados de Victoria e Queensland. A escolha muito se deve ao meu hobby favorito: olhar para cenários devastadores. Fica-se assim quando se cresce no Interior de Portugal.
A viagem adivinhava-se longa. Madrid – Londres, Londres – Nova Iorque, Nova Iorque – Los Angeles e finalmente de Los Angeles para Sidney. Tudo correu bem, excepto a última parte desta jornada com trejeitos de maratona mundial. A certa altura começou a sentir-se uma forte turbulência e, enquanto o Diabo esfregava um olho e coçava o rabo com a outra mão, os pilotos perderam o controlo do avião. O inevitável despenho deu-se numa ilha algures no meio do Pacífico. Após a profunda sesta em que o impacto com o solo me colocou, levantei-me e olhei em volta. Nada em meu redor, apenas um cenário paradisíaco com água limpa e areia fina à minha frente. Atrás de mim, árvores abriam caminho a uma densa selva. Era o único sobrevivente.
Entrei pela selva dentro, imbuído de um espírito aventureiro e de uma vontade de obrar dos diabos. Encontrei uma mulher sensual que se banhava nua num lago. O meu primeiro pensamento foi “Mulheres sensuais em ilhas desertas do Pacífico? Ora bolas, traumatismo craniano”. Mas quando ela se virou e começou a praguejar contra mim, percebi que ela era bem real. O inglês misturado com o espanhol e com aquela língua esquisita que os avatares falam denunciava-a: era uma guamesa.
Estava então em Guam. Ao menos não era uma ilha deserta, o que me dava hipóteses remotas de ir a tempo para a Austrália e ver as cheias. Mas tinha de ser rápido. Fugindo da mulher sensual que me perseguia com uma lança e uns seios rechonchudinhos badalão-badalão, prossegui pela selva. Todavia, rapidamente a minha corrida foi impedida. Um homem já de certa idade e com aspecto asiático interrompeu-me ameaçando de morte a minha vida. “Sushi kamikaze arigato karaté” foi o que percebi da sua sinfonia vocal desconcertada, muito provavelmente porque estas são as únicas palavras que compreendo de japonês, e tenho a tendência de cair em estereótipos desnecessários. “Oh homem de Buda, volte para o seu buraco e deixe-me lá passar que estou com pressa!”, disse-lhe visivelmente apreensivo. Mas a minha urgência rapidamente se dissipou, pois nada me fazia preparar para o que aí vinha. O japa não me deixou passar, pois se o fizesse eu ainda o ia denunciar aos “malditos dos amaricanos”. “Porque iria eu fazer isso?”, perguntei na mais profunda das inocências. “Então, isto em guerra vale tudo!”. Guerra? Esta sim apanhou-me de surpresa. Corria o dia 24 do mês 1 de 1972, e as guerras andavam longe deste lugar. A não ser a Guerra Fria. Mas que teria Guam a ver com a Guerra Fria? “Qual guerra fria, seu tuga ignorante? Estamos no Pacífico, isto está um calor que não se pode! Estou a falar da Segunda Guerra Mundial”. Ah bom, agora já faz sentido… espera, nem por isso. O quê? “Então, estamos em plena Segunda Guerra Mundial, não estamos? Aliados contra Alemanha e Japão?”. Ui, agora é que este me tramou. Então mas que estará esta figura aqui a fazer? “Então, eu estou aqui em guerra desde 1944, pois claro! Sou um orgulhoso soldado do Império do Sol-Nascente!!!”. Só me f****! O avião tinha mesmo que se despenhar nesta ilha, para ser eu a contar a verdade a este homem! Que mal fiz eu ao mundo? Só porque pego em notícias históricas, distorço-as ao máximo, enfio umas piadas lá pelo meio e chamo-lhe jornalismo? Não tenho culpa de em pequenino ter sido exposto durante longos períodos de tempo à emissão da TVI! Bem, vamos lá a isto: “Vai-me desculpar pelo que eu vou dizer, mas a guerra acabou”. A intriga tomou conta dos olhos bicudos do soldado. “Acabou há muito?”. Bolas, precisamente a pergunta que queria evitar. “Sim, acabou há… ora deixa cá ver… 3 e 6 18 noves fora nada… vai para uns 28 anos”. O choque, o horror, o arrependimento de dizer isto a um soldado de guerra com metralhadoras e granadas à volta da cintura. Pelo menos foi o que eu pensei assim que acabei a frase, mas a reacção do japonês foi o de se encostar a uma árvore, deslizar por ela abaixo até ficar sentado com os joelhos encolhidos, e começar a chorar que nem um bebé. Missão cumprida. Fui-me embora.
No geral, podem considerar-se umas férias positivas. Vi a maior quantidade de água enlameada da minha vida, e só precisei de abrir a torneira da casa-de-banho do hotel de Brisbane onde fiquei. Quanto ao soldado, nunca mais ouvi falar dele. E seguindo a lógica, talvez só oiça daqui a 28 anos. Agora é altura de voltar a exercer a minha profissão em força.
O quê, cheguei ao limite de texto? Pronto, olha, fica para a semana.
28.1.11 | 0 comentários

Aquele espaço onde os co-autores do blog informam humoristicamente os leitores que existem actualizações...

Written By Sérgio Pereira on sábado, 22 de janeiro de 2011 | 22.1.11

... mas que depois de tantos posts já começa a faltar a originalidade e também começa a ser aborrecido dizer sempre a mesma coisa. Por isso vamos ao que interessa:

“A forma da vuvuzela não interessa muito, mas para os mais curiosos, é parecida com o pénis de Carlos Castro. Laranja e afunilada.” - Eu mesmo in o meu texto de Junho
O trecho em cima exposto serve para mostrar duas coisas. A primeira é que eu já gozava com o Carlos Castro muito antes dele falecer. Gozei com ele vivo e não vejo porque é que devo parar agora que ele está morto. Talvez seja mais dificil arranjar material para gozar com ele, mas vou fazer o meu melhor. Até porque, quer dizer, que é que ele agora pode fazer? Atirar pó para os meus olhos? Isso era mais prejudicial para ele do que para mim.
Este soberbo e nada negro texto de José de Neendertal encontra-se completo aqui


Chegou um momento importante para vós, leitores portugueses do século XXI. O próximo Sábado, dia 22 de Janeiro, é um dia de reflexão, de ponderação, de meditação, até mesmo de cogitação. Já ruminação é menos, mas se quiserem também podem acrescentar há lista. E agora perguntam-se vocês: “Estarei eu a ler bem? Um padre está a encorajar-me a fazer uso das minhas capacidades cognitivas e a incentivar-me para um uso da razão?”. Sim, está a ler bem, e o momento negro que vivemos exige esta atitude radical da minha parte.
Para continuar a ler a crónica do Pe. Eucaristides Borga II é favor clicar aqui

Como veterano de guerra muitas vezes me perguntam se tenho algum tipo de trauma de guerra. Há alguns camaradas meus que os têm (falta de memória, medo de sons altos, mudança de assunto de forma repentina, juntar 3 litros de leite e bater as claras em castelo até ficar pronto a levar ao forno etc..) mas eu não sou um deles. Sei que seria um cliché humorístico se agora que afirmei que não tenho nenhum trauma escreve-se algo louco e inesperado “ELES VÊM AÍ E TRAZEM REVISTAS PORNOGRÁFICAS LARILAS COM ELES, É CADA RABO POR SI!!”, por isso vou-me abster de fazê-lo. Diria mais, vou fazer o contrário e inovar. Ou seja, vou assumir aqui que sim, padeço de traumas de guerra mas depois não vou mostrar nenhum sinal desses mesmos traumas. Agora, deixem-me ir abrir a janela do bunker onde vivo com os meus três gatos, 456 armas e uma alheira de Mirandela que está comigo deste o Ultramar, e já vamos ao resto da crónica.... Pronto assim já está mais fresquinho. Ora onde é que eu ia?....
Se ficou em dúvida sobre o estado mental do veterano de guerra Machete Guerra, continue a ler aqui


É tão bom ver o que acontece no passado quando já se sabe o que se passou. Não no sentido “SURPRESA!”, mas no sentido “ih, ih, aqueles idiotas nem fazem ideia do que lhes vai acontecer!”. E é realmente revigorante ver tantos incrédulos do século XXI a negar o aquecimento global, perguntando onde está o aquecimento quando até chove mais e faz mais frio. Ai, ai vocês, seres humanos pouco informados!
Dê um salto ao futuro sem pagar portagens lendo a crónica de Rodolfo Kenobi aqui


A equipa do Jazigo deseja uma santa 4ª semana de Janeiro a todos os leitores.
Voltaremos ainda mais fortes no próximo Sábado.
Até lá.
22.1.11 | 0 comentários

Não há dois sem três, e já agora porque não quatro e outro por baixo da mesa


O dia 20 de Janeiro é histórico para todos os americanos. Foi neste dia que um novo presidente tomou posse. O republicano Richard Nixon assumiu que este é o seu “cargo de sonho”, se bem que empatado com o desejo de ser ninja, aspiração a que renunciou em petiz quando o seu professor de Educação Física lhe disse “és demasiado advogado para andar a saltar de prédio em prédio”. Nixon teve um discurso de posse emotivo, e o seu principal ponto centrou-se no “combate à corrupção e respeito pelas ideologias políticas opositoras”.
O dia 20 de Janeiro é histórico para todos os americanos. Foi neste dia que um novo presidente tomou posse. O republicano Ronald Reagan assumiu que se sente “como peixe na água” e que este é o cargo ideal para ele, pois já está habituado a “ter os holofotes virados para a minha pessoa”. Questionado pelos jornalistas se um ex-actor estaria à altura desta missão, Reagan respondeu “Já estou acostumado a representar em frente das câmaras, convencendo o mais cínico de que estou a falar a verdade mesmo não estando. Isto não deve ser assim tão difícil”.
O dia 20 de Janeiro é um dia normalíssimo para todos os americanos. Foi neste dia que Ronald Reagan tomou posse para um segundo mandato. “O primeiro acto correu muito bem. Sim, tive alguns problemas com a equipa de produção que não queriam grandes planos do meu nariz, os argumentistas não queriam mudar o texto para algo mais dramático, era tudo muito político e aborrecido, as cozinheiras gozavam com as minhas orelhas... Mas fora isso correu bem. Agora é esperar por este segundo acto, acredito que também vai correr bem. Vamos começar com Andrew Lloyd Webber, talvez com um remake do Jesus Cristo Superstar mas em versão minha fazendo as personagens todas, depois vou tentar o fim da Guerra Fria para em seguida insultar a URSS, e acabar de maneira suspense
com um Stephen King, pois nunca se sabe o que pode vir a seguir. Deus nos livre desta ideia, mas até pode ser um Bush. Cruzes canhoto!”.
O dia 20 de Janeiro é histórico para todos os americanos. Foi neste dia que um novo presidente tomou posse. O democrata Bill Clinton fez um discurso precoce mas muito interessante, pois passou o tempo todo com a mão dentro do bolso. Do que disse, destaca-se o seguinte: “O meu mandato tenciona ser grande e grosso. Espero satisfazer o máximo de pessoas possíveis, e espero que ninguém se engasgue com as minhas medidas desnatadas. Tenciono ir fundo em temas determinantes para a sociedade, principalmente as deficientes capacidades orais que alguns funcionários demonstram. Quero sacudir a polpa das minhas ideias para o vosso local de trabalho, para o vosso vestido, para o vosso cabelo, para os vossos pacotes de leite. Porque, em última instância, a decisão de engolir ou não as minhas decisões é do povo americano. Dessa forma já não me podem acusar de falacioso”.
O dia 20 de Janeiro é histórico para todos os americanos. Foi neste dia que um novo presidente tomou posse. O democrata Barack Obama começou o seu discurso em afrikaans, o que obrigou o vice-presidente Joe Biden a agir para distrair as massas. Infelizmente, a ideia que Joe teve para entreter o povo americano foi dar uns passos de foxtrot só numa tanga roxa ao som da “Cinderela” de Carlos Paião. Longas filas de pessoas enjoadas se formaram na direcção das casas-de-banho mais próximas, o que possibilitou a Hillary Clinton dizer a Obama “tu agora és presidente dos EUA, fala inglês!”. E assim foi. O discurso de Obama passou por vários pontos, sendo 98% deles relativos a jogos de adivinhas sobre semelhanças e diferenças entre Hillary e Monica Lewinsky. “Só uma delas tem a cabeça livre de acessórios que lhe permita meter-se debaixo da mesa” ou “Ambas são boas a dar à língua, mas uma delas só quando tem a boca cheia” foram algumas das palavras ouvidas da boca grande do novo presidente, que no resto do discurso falou de mudanças e outras coisas utópicas que não interessam a ninguém.
22.1.11 | 0 comentários

Um desenho animado que é marinheiro? Oh boy, preparem-se para referências à falta de apoios do Estado!


Qual é o melhor héroi? O que triunfa sempre ou o que devido à sua profissão pode apanhar Sida? Pessoalmente prefiro o segundo, só porque gosto que os meus super-heróis façam inteligentes alusões à morte de Freddie Mercury. Também aprecio super-heróis que não tenham doenças, claro, mas ninguém me tira da cabeça que se o Super-Homem tivesse gonorreia a história ficava muito mais gira. Ora o senhor E.C. Segar parece ser da mesma opinião que eu, caso contrário não teria criado a banda desenhada que sai hoje pela primeira vez para as bancas. É uma BD original, cujo principal protagonista (Popeye) é um marinheiro. Um passo arriscado por parte do autor até porque a maneira como a estrutura está feita pode perfeitamente vir a afastar o público, senão vejamos.
Para começar temos como personagem principal um marinheiro. Dois possíveis riscos aqui: Esta personagem pode passar o livro todo a dizer “Isto já se sabe que a pesca não dá nada, e depois ainda por cima há as quotas da UE que me dificultam imenso o trabalho mesmo sendo eu americano”. O que convenhamos seria uma chatice. E se as pessoas quissesem ler um livro que é todo ele um queixume sem parar, liam Karl Marx e não banda desenhada. O segundo risco que este super-herói com tatuagens corre é ser apenas aceite pela comunidade Gay. É que convenhamos todos sabemos que tipo de brincadeiras se passam em alto mar quando homens estão fechados no mesmo espaço diminuto por meses. Quer dizer, eu não sei, mas já ouvi dizer que por lá se fazem coisas que deixariam o Carlos Castro corado de vergonha (se ele ainda pudesse claro). Depois há uma tensão sexual mal resolvida entre Popeye e Brutus que em nada é disfarçada pelo suposto interesse que estes têm por Olivia Palito, uma mulher de tal forma feminina que deixaria muita filha do Nené envergonhada. Não, agora a sério, não podia ter feito a boneca minimamente sexy? Pessoalmente já vi velhas de 70 anos com mais sex appeal que Olivia Palito. E não estou só apenas a escrever isto porque tenho um caso com uma e lhe quero ficar com o dinheiro. Não, nada disso. Também quero ficar com o carro e a casa em Malibu. Mas deixemos o meu tormento (quanto mais tempo irá o raio da velha viver?) e continuemos a noticiar este acontecimento cultural.
Aquando da apresentação da BD à imprensa (num cais abandonado que se não fosse por uma meretriz ou outra teria sido o cenário ideal), o autor mostrava-se esperançoso que estes pormenores não afastassem o público. “Não, não penso que afastaram o público” - disse Segar em resposta a uma pergunta de um jornalista da revista “Cocks, Cocks, Cocks – Galos em estado selvagem”- “penso até que esta será uma história para toda a família, pois tem mensagens subliminares muito educativas. Quando um jornalista da revista “Willie,Willie,Willie – Fundada por Willie Willie para todos os Willies” lhe perguntou que tipo de mensagem era essa, o autor limitou-se a responder “Espinafres.” - de modo seco e até com algum desprezo. A conferência de imprensa estava quase a acabar quando de repente, numa súbita excitação irracional, o jornalista da “Jerk, Jerk, Jerk – uma revista para idiotas” se levantou de repente e exclamou sem se conseguir conter “ O Batman é que é!!”.
A partir daí foi a confusão. Alguns batiam no pessoal da Jerk, outros afagavam os Cocks (aleijaram-se ao cair das cadeiras) e vi mesmo ser cortada a cabeça a um dos membros da revista Willie, mas esse como era judeu ninguém achou que fosse um problema por aí além. *
A primeira edição de Popeye sai amanhã e oferece de forma gratuita um preservativo (por nenhuma razão em especial).


22.1.11 | 0 comentários

O Apocalipse está para breve!

Written By Sérgio Pereira on sábado, 15 de janeiro de 2011 | 15.1.11

Caso o leitor esteja a ler esta notícia, os meus parabéns. Quer dizer que ainda está vivo após a tragédia que assolou Portugal no passado dia 13. Que tragédia, pergunta-se? Nem queira saber, trata-se de algo tão horrível e abjecto que é preferível viver – e quiçá morrer – na ignorância.
Acabei de ser alertado pelo meu editor que, enquanto jornalista, parece que tenho de relatar o que se passou, por isso peço perdão a todos os que lêem este texto, mas vai ter que ser. Ainda estão a tempo de sair da página. Não? Têm a certeza? Vão ficar traumatizados para o resto da vida! Pronto, está bem, vou parar com isto. Pelo que o meu editor me disse agora, parece que também não posso instar os leitores a abandonar um texto. Estranhamente é isso que me acontece sempre que leio o Correio da Manhã, mas tudo bem.
Ora então trata-se do seguinte: Escondam as vossas filhas nos armários, nas cómodas ou numa mesinha-de-cabeceira, não interessa! Mandem os vossos filhos para um lugar seguro, tipo Afeganistão ou Cantanhede! Enfiem os vossos idosos em lares sem as mínimas condições, como a minha casa! (onde só levo 400 contos - cerca de 15 mil euros - por mês)
Vem aí um ataque tremendo que vai fazer milhares de milhões de vítimas inocentes! Trata-se de um ataque de demagogia gratuita! Por parte de quem? De uns indivíduos que decidiram fundar um partido no Verão do ano passado, 1974, e que entregaram a 13 de Janeiro deste ano, 1975, os documentos necessários para o legalizarem junto do Supremo Tribunal de Justiça.
Por esta altura os leitores já estão “Oh pá, demagogia gratuita? Isso interessa!”. Interessa realmente, mas só se quiserem ficar cegos. Este é daqueles partidos em que os líderes são donos de uma dentadura que ofusca o Sol. Também interessa se gostarem de gente com tiques irritantes, como líderes que sorvem saliva de 5 em 5 segundos. Ou então se gostarem de gente que funda um partido, depois faz parte do governo de outro partido, mas acaba por sair desse governo culpando as costas (realmente o Sócrates tem costas largas, mas não era preciso abusar). Ou então se quiserem ver fundadores do partido a falecer em desastres de avião com fundadores de outros partidos. Ou se gostarem de submarinos desnecessários. Ou se gostarem de falcatruas em universidades. Ou se gostarem de pessoas que cheiram constamente a aromas variados como peixe, churros, vegetais e carrinhos de choque. Então, ainda vos interessa?
A partir de agora, teme-se o pior. Milhares de apoiantes atrás de um líder com um penteado estranho e com discursos que só fazem lembrar ao menino Jesus (faz sentido dado que se dizem católicos).
P.S.: Tente adivinhar o nome do partido de que se fala nesta notícia. E não, não há nenhuma pista no início desta frase. Aquilo é mesmo um Post Scriptum.
P.S.2: Se ao lerem este texto ficaram com uma pequena sensação que eu falei mal da demagogia sendo demagógico, peço imensa desculpa, mas é sinal de que já sou uma vítima desta desgraça. Vou já curar-me. Parece que o tratamento é imaginar Teresa Caeiro nua.
15.1.11 | 0 comentários

Primeiro vírus de sempre papa a memória RAM e os sonhos de um menino


A porta da masmorra está agora fechada para sempre. Timmy, depois de sete dias sem dormir, já desistiu e está caido no chão desperado, amorfo e com os membros superiores mais moles e dobradiços que a vagina de uma prostituta com 50 anos de carreira. Não mais este ruivo de ar subnutrido passará pelos portões de Zakhara com o seu Blood Kigth de nível 80, o virtualmente famoso “Onésimo - The Slayer from Baixa da Banheira69”. O primeiro vírus informático de sempre (o “Sexta Feira 13”) incapacitou o computador de Timmy e agora este pequeno sonhador perdeu a vontade de viver. Muitos, com uma alma tão maligna como o Gollum, poderão dizer que ele perdeu a vontade de viver quando passou a estar em frente ao computador 23 horas por dia. Falsidades. Se ele tivesse perdido a vontade de viver continuar-se-ia a alimentar por um tubo pelo qual a mãe lhe envia diligentemente comida liquidificada? Claro que não. Esses ignorantes nas artes arcanas nada sabem. Desconhecem a maravilha que é matar um Gnomo de nível 50 perdendo apenas uma vida (virtual e não só) e a hipotese de ir conhecer aquilo a que no seu mundo patético denominam de “rapariga”. Como se esses seres de peles suaves e formas belas existissem mesmo! Poupem-no, pela barba flamejante de Kara-Turxkj! Esses que se orgunham de “falar com pessoas” não sabem o que é ter uma conversa profunda sobre masturbação às 4 da manhã com uma sereia de três seios chamada Arthur. Não podem compreender o desespero de Timmy, que sempre viveu num mundo onde o medo de doenças não existe. Até hoje. Hoje Timmy tem medo. Teme pela primeira vez, porque viu (tal como muitos outros) o primeiro vírus informático do mundo destruir o seu sonho de um dia se tornar no Mestre Supremo da Magia Azul Catatua. Timmy, um outrora vivaço e enérgico rapaz (em tempos chegou a ser capaz de comer coisas sólidas!), é a partir de hoje um “ser humano” sem propósito. Um bicho do mato ao qual a mãe natureza se esqueceu de dar garras bem como capacidades reprodutivas de monta. A partir de hoje, Timmy, 31 anos, será para o mundo informático o mesmo que foi para o seu pai durante toda a vida: um espermatozóide espertalhão que nunca deveria ter sobrevivido e que durante anos tentou esquecer. A sua vida está destruida, o “Sexta- Feira 13” encarregou-se disso. Game over Timmy, Game Over.
15.1.11 | 0 comentários

Actualizações medianamente médias... mentira, são espectaculares

Written By Sérgio Pereira on terça-feira, 11 de janeiro de 2011 | 11.1.11

Como é hábito na primeira semana de cada mês, o Jazigo disponibiliza Classificados novinhos em folha, mas estes já com IVA de 23%. É consultar e depois dizer "a gente não pode deixar de ver, temos que aceitar e mais nada!".

Um abraço,
A melhor equipa do mundo que a FIFA não premiou só por má vontade
11.1.11 | 0 comentários

Nazis (não) vão à bola uns com os outros

Written By Tiago Lacerda on sábado, 8 de janeiro de 2011 | 8.1.11

“Esta ideia do jogo de futebol foi estúpida”. Esta foi a frase mais ouvida ontem à tarde aquando da apresentação, censura e tortura à imprensa do novo partido nazi alemão. O seu autor, um homem baixo com o número de filiação do partido nas costas (um 7 que em nada ajudou às suas qualidades futebolisticas) não parava de se queixar gesticulando freneticamente naquilo que eu só consigo descrever como um ataque de epilepsia que aprendeu a dançar hip-hop para disfarçar. Adolf Hitler, acredite-se ou não, não é das pessoas mais bem dispostas que eu já conheci. Durante o jogo de futebol que o partido organizou para por fim “ao ditak futebolistico inglês” só fez uma de duas coisas: cair desamparado quando o esférico estava nos seus pés e depois tentar impingir a toda a gente que a sua queda “foi mesmo à Charlie Chaplin! Acho que com um bocadinho de trabalho chego lá!”. Claro que ninguém acreditou nesta história e por isso Hitler tomou uma decisão radical e cortou o seu cabelo de forma tão ridicula que nunca poderia ser tomado a sério politicamente. Ou comicamente, falando a verdade. O seu cabelo é demasiado perturbador para ser engraçado. É quase como ver um discurso do partido comunista. Por um lado é engraçadissímo, mas a verdade é que é demasiado perturbador para nos conseguirmos rir livremente.
A ideia de apresentar à imprensa as ideias de um partido politico recorrendo para isso a um evento desportivo não é nova, que o diga Carlos Queiroz, mas ainda assim é sempre giro ver aquelas pessoas que dia sim dia sim ameaçam a decência humana com promessas de morte e ódio juntarem-se para se odiarem uns aos outros durante 90 minutos. Refrescante.
Quanto ao jogo propriamente dito, bem, a verdade é que não há muito a dizer. Tudo estava bem até o ala esquerdo da equipa de negro cadáver marcar um golo. O golo foi legal, mas o ala foi muito rápido e isso levantou suspeitas sofre se este teria ou não ascendência africana. Pelo sim pelo não os seus colegas decidiram ser sensatos e enfiar-lhe uma bala no bucho. O jogo recomeçou, só para cinco minutos mais tarde ter de parar. Alguém levantou a intrigante questão “Ali o Hans não se parece um bocadinho com um japonês? Quer dizer, os olhos dele estão mais ou menor rasgados...”. Os restantes 10 minutos serviram apenas para limpar o sangue de Hans. Por fim, ainda nem o jogo tinha recomeçado quando um membro da equipa vermelho-sangue-de-tripas afirmou que tinha visto o pénis de um jogador no balneário e que este era grande demais. “Também deve ter ascêndência africana!”. Os seus companheiros ouviram-no com toda a atenção e depois com carinho enternecedor mataram-no a ele por ser larilas e ao senhor do pénis grande por: ou ter ascêdência africana ou por estes doidos terem todos um complexo de inferioridade peniana que é uma coisa parva. Não chegei a perceber.
Quando no fim do evento me dirigia para um bar de sadomasoquismo para que o meu dia tivesse por fim algum vislumbre de amor e uma pausa da violência, lembrei-me de algo giro. É engraçado que num só jogo entre amigos, os nazis tenham morto quatro compinchas seus por suspeitarem que estes não sejam 100% puros. Mas nenhuns deles viu no seu ódio infinito o judeu que durante todo o jogo se queixava de que “esta ideia do jogo de futebol foi estúpida.” Quer dizer, estava logo ali. Quem resmunga mais que um judeu? E com este comentário estereotipado e algo racista me despeço. Para a semana faço melhor, prometo. Se nenhum cigano me roubar o bloco de notas, claro!
8.1.11 | 0 comentários

Crime! Choque! Horror! Batatas fritas com sabor a presunto!

A cidade de Gouveia está em choque. O ambiente no local de concentração para centenas de homens másculos com bigodes farfalhudos é de cortar à faca, principalmente se houver uns casqueiros e umas tiras de entremeada por perto. Em entrevista exclusiva a José Ferreira da Costa, um tuga, percebemos a consternação que reina entre a Associação Nacional de Bigodes. “É um tragédia sem procedentes, nós estemos abertos há... pfff sei lá!... vai fazer um par de anos, por isso será um quarto de milénio, não é, e não nos alembramos de semelhante acontecimento. Estamos chucados, indeguenados e fustra... frusta... frutad... coiso”. Depois de retirar pedaços de frango de há quinze dias da sua pilosidade facial, Joaquim Teixeira Nabo, outro tuga, coçou a zona da genitália e exclamou: “Isto já não há segurança em lado ninhum. Começa a ser preciso um Salazar em cada esquina. Fazem isto a um home que nã fez nada a ninguém excepto seguir o seu sonho... eh pá eu até estou sem palavras. Só de pensar vêm-me as lágrimas aos olhos”.
Por esta altura indaga-se o leitor “Então mas o que é um tuga?”, ao que eu respondo: um tuga é um indivíduo de nacionalidade portuguesa, na casa dos 40/50 anos, que usa camisola de flanela, sapatos de vela, meias brancas, palito na boca e bigode. Mas repudio simultaneamente a superficialidade que o leitor está a demonstrar para com a notícia. Afinal de contas, já vamos mais ou menos a meio e eu ainda não disse do que se trata, num teasing tão brilhante que mais uma linha e perde a piada.
Pois bem, o que se passou foi o seguinte: no passado dia 5 de Janeiro (se houver pessoas a ler isto daqui a uns tempos é melhor constar que corre o ano de mil nove e oitenta e oito) o indiano Karni Bheel - que em português se lê Amílcar Esteves Carvalho – foi vítima de um crime violento que deixou muita gente chocada, excepto o personagem principal do Quem Quer Ser Bilionário?, pois esse já viu de tudo. Detentor de uma proeminente farfalha que media 2,35 metros de uma ponta à outra, Amílcar vivia no estado de Rajastão, onde a competição por quem tem o melhor bigode é intensa. Ora, este homem era nada mais nada menos que o detentor desse título. Por outras palavras, Amílcar dava um autêntico bigode a todos os outros homens da região (então? esta piada era demasiado fácil para não ser feita!). Num acto ainda mais hediondo do que tornar Júlia Pinheiro em directora de programação, Amílcar foi assassinado e decapitado. Contudo, o bigode permaneceu intacto, o que obriga a retirar duas conclusões: a primeira é de que este se tratou de um crime mal planeado ou, por outras palavras, imberbe; segundo, isto traz problemas à Entidade Reguladora Indiana de Barbas, Buços, Bigodes e Outras Categorias com Pêlo na Venta (ERIBBBOCPV, sigla pronunciada na língua original como “caril”), que agora não sabe se Amílcar continua a ter direito ao troféu “Ratos Mortos Acima do Lábio Superior”.
Com a comunidade internacional centrada na possibilidade de se poder isolar o cromossoma Y, que se julga estar presente exclusivamente nos homens (caso se confirme, é de facto revelação para fazer rolar cabeças), existe um temor no Rajastão e em Gouveia que a memória de Amílcar Esteves Carvalho – Karni para os amigos, Milcarzinho para as mulheres com fetiches por pilosidade aglomerada – caia no esquecimento. Da parte do Jazigo faremos tudo para o evitar, colocando-lhe um cesto por baixo tal como os franceses faziam quando davam uso à guilhotina.
8.1.11 | 0 comentários

Novo ano, velhas rotinas

Written By Sérgio Pereira on domingo, 2 de janeiro de 2011 | 2.1.11

Aqui ficam pequenos e apetitosos pedaços das crónicas dos autores do passado mês de Dezembro.

Diário de um homem com peste negra

(Encontrado e traduzido do português antigo por Tiago Lacerda)

20 de Março

A ideia de um perfeito estranho analisar a vagina da minha mulher não foi, surpreendentemente, a melhor que tive. O Ferreira chegou e quando lhe expliquei o problema virou-se para a minha mulher e disse-lhe “dispa-se”. Tudo bem o homem é que sabe - pensei - mas quando ele começou a cantar “Tanan nan na na nan na nan” e a dizer para a minha mulher “despe-te mais devagarinho, mais sexy” comecei a desconfiar ligeiramente do profissionalismo dele. Então nestas situações não se tem de ser o mais rápido possível? Para que queria ele que a minha mulher se desnudasse lentamente?

Esta crónica de Tiago Lacerda continua aqui


Aparentemente, tal como nos dizem em pequeno, é perigoso saltar de cadeiras porque nos podemos magoar. E, aparentemente, a única situação em que podemos fazer tal coisa é quando estamos embriagados. Só assim temos as nossas capacidades cognitivas e motoras ao máximo potencial para forçar os nossos pés contra um objecto instável e perigoso de quatro patas (sim, instável e perigoso, perguntem ao Salazar. Ah esperem, não podem, porque ele está morto) e dar projecção ao corpo de modo a aterrar em segurança no chão. E nem sequer se pode aterrar com os dois pés (porque isso seria uma aberração), só pode ser com o direito, para dar “sorte”.

Para continuar a ler esta crónica de Sérgio Pereira, clique aqui

Que tenham um magnífico 2011 na companhia do Jazigo e de duas gémeas suecas de grandes seios. Um forte abraço.

A equipa jaziguística
2.1.11 | 0 comentários

Choque! Vice-presidente dos EUA despede-se por estar farto de “trabalhar arduamente na arte de não fazer nenhum!” *


E é oficial. John. C. Calhoun é o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos a resignar-se do cargo. A decisão foi tomada há muito (três semanas) mas devido as más comunicações e à doença do burro de serviço da Casa Branca (ai a piadinha fácil que eu poderia ter feito aqui com Joe Biden... Mas não fiz. Se quiser faça o leitor) só hoje o público soube de tão inesperada nova. Ao que parece o Senhor Calhoun (senhor Calhoun parece que estou a contar uma fábula qual quer, eu sei, mas juro, caros leitores, que nada tem a ver com o facto de o senhor se parecer com um lobisomem), demitiu-se por ter “divergências políticas, económicas e sexuais com o presidente Jackson.”
Estas divergências levantadas pelo ex-vice-presidente (outra piadola sexual fácil que deixo que sejam vocês a fazer. Quem é o Lobo Antunes da comédia, quem é?) passam, segundo aquilo que o Jazigo consegiu apurar, pelo facto de o Senhor Calhoun (vendo bem também é um bocadinho parecido com o Scrooge. Isto a Disney fartou-se de ganhar dinheiro com a “cara” deste senhor pelo que estou a ver...) estar farto de “estar no gabinete à espera que chegue a altura de aparecer ao lado do presidente quando este vai fazer o seu discurso à nação onde é suposto eu aparecer”. ( Como se pode ver o Senhor Calhoun não sabe sinónimos da palavra aparecer, o que é capaz de também não ter ajudado na sua passagem pela vice-presidência.)
Segundo outra fonte anónima, no entanto, a verdadeira razão é que Calhoun tem medo de aparecer perante as luzes da ribalta, pois receia que as pessoas ainda se lembrem daquela vez em que tentou roubar o Natal (esta achei que se calhar era melhor fazer eu, até por que não sei se vocês eram capazes de lá chegar).
Quer seja o Grinch disfarçado de republicano ferrenho (duas palavras formam a punchline mais simples de sempre: Sarah Palin) ou não a verdade é que muitos apoiantes do Tea Party ficaram desfeitos. Pela demissão do seu héroi, claro, mas sobretudo por não se ter descoberto que as divergências sexuais entre os presidentes não se prendiam com fotos de bestialidade. “Há que manter os padrões elevados!” disse-nos Rob Paladino, bis-bis-tetra-avô de Carl Paladino. Concordo plenamente. Se este senhor tivesse caído nas delicias da bestialidade como o ex-candiado Carl Paladino esta noticia tinha sido muito mais fácil de escrever e eu não teria de ter posto os leitores a fazerem as piadas. Raios parta aos que não apoiam a bestialidade. Animais, pá!
*Primeiro título demagógico na história do Jazigo. Achei por bem realçar isto. In your face Correio da Manhã!!!
2.1.11 | 0 comentários

Amor até fazer faísca

Written By Sérgio Pereira on sábado, 1 de janeiro de 2011 | 1.1.11


O dia amanheceu calmo, com o sol a espreitar pelas frestas de uma janela semi-aberta. Uma mulher esperava impacientemente pelo fim da sua gravidez, pois sentia falta do calor corporal do seu marido. Não que não quisesse aquela criança, mas esta privação sexual estava a enlouquecê-la.
Arduamente, levantou-se da cama, coberta de lençóis de cetim vermelho, oferecidos por uns familiares distantes vários Natais atrás. Nunca mais os tinha visto, porque moravam na Flórida e eram agricultores a tempo inteiro. “Para ver agricultores basta-me sair de casa e pensar que são minha família”, pensou Jill, com olheiras pela noite mal dormida. Aos tropeções chegou à casa-de-banho, onde fez a sua necessidade nº 1 pela quarta vez nas últimas três horas. “Isto não pode durar muito mais tempo, sinto-me um bisonte”, pensava a pobre mulher, à beira do desespero.
Encontrando o caminho para a sala, deparou-se com o pequeno-almoço preparado por Patrick, o seu marido. “Que acto tão gentil. Terei de o retribuir daqui a uns tempos”. Patrick tinha sido sempre o parceiro ideal durante a gravidez. Nem quando Jill solicitou rissóis de camarão recheados de doce de amêndoa ele se acanhou. Em meia hora arranjou a especiaria. E não deve ter sido fácil, pois às 4 da manhã está tudo fechado em Omaha, cidade do Nebraska.
Enquanto apreciava um pequeno-almoço constituído por ovos, presunto, pizza, torradas, cabrito, capuccino, feijoada, sumo de laranja, açorda de marisco e uma maçã, Jill sentiu uma contracção. “Ora bolas, queres ver que o puto me faz perder a missa do meio-dia?”. Eram 11:30 e nos minutos seguintes nada aconteceu, por isso Jill esperou pela sua vizinha e lá foram juntas à igreja. Foi enquanto o padre lia Mateus 11:3 que a mulher desta história sentiu nova contracção, muito mais forte que a outra. Ao dar conta, a vizinha perguntou-lhe preocupada se estava bem. “Sim, já me tinha acontecido de manhã. Devem ser só gases”. Eram 12:45.
Acabada a missa, era altura de voltar a casa. Lá já estava Patrick, preparando o almoço. “Então o que temos hoje?”, perguntou Jill com voz sedutora. “Nada de especial, algo leve. Cozido e um bife de novilho. Como está a correr o teu dia?”. Jill contou-lhe das contracções que tinha sentido, mas acalmou o marido dizendo que não devia ser nada. “Acalma-te amor, não deve ser nada.”. E continuou dizendo que seria ridículo alguém nascer no último dia de ano, quando o Diabo martiriza as pessoas com celebrações impuras. Patrick despreocupou-se e começou a falar animadamente do seu dia: “Queres acreditar que cheguei ao trabalho, cumpri as minhas funções, voltei para casa para o almoço e nada de extraordinário aconteceu?”. Jill estava emocionada: “Incrível, querido, a tua vida é tão emocionante!”. E foi entre uma dentada numa morcela e num naco de carne que uma nova contracção aconteceu. Eram 13:55.
Após Patrick sair novamente para o turno da tarde de qualquer que fosse o seu trabalho, Jill ficou sentada no sofá a ver novelas mexicanas. “Grande porca, depois de roubares o marido das outras ainda vens com lágrimas de crocodilo por te terem roubado um colar que o actor principal te deu, quando esse colar devia ter sido dado à actriz principal!”. Foi no meio destas intrigas que nova contracção sucedeu. Eram 15:20.
Às 16:05 Patrick chegou a casa ainda a tempo para ver o final da segunda de cinco novelas que dão à tarde na TVI lá do sítio. Quando os créditos entraram, deixando uma cena em suspenso em que os protagonistas e o vilão estavam presos num poço no meio de nenhures, Jill teve nova contracção. Eram 16:15 e Patrick achou por bem irem até ao hospital ver o que se estava a passar.
O casal chegou ao hospital às 16:50, altura em que Jill teve nova contracção. O obstetra que estava de serviço confirmou as expectativas: o bebé vem aí. Nesta altura podia descrever a estadia de Jill num quarto onde estavam também uma ninfo-maníaca e uma mulher com síndrome de Tourette, mas tal não interessa muito. Basta dizer que Jill, como boa católica, rezou bastante pela alma das duas, isto entre contracções que se sucediam cada vez mais depressa.
“Puxe, puxe, puxe, está quase!”. Era o jogo da corda, médicos contra enfermeiros. Uma rivalidade tipo canoagem Oxford vs. Cambridge, excepto pela masculinidade. Num quarto ao fundo do corredor onde a competição se desenrolava, Jill era a cara do sofrimento. A enfermeira que estava a ajudar no parto era irmã da ninfo-maníaca grávida. Após muitos urros, o petiz lá nasceu. “Tem a cara do pai e a alma da mãe”, disse Patrick. “Óptimo, quer dizer que não vai apanhar na escola e vai ser católico”, retorquiu Jill. “Isso não é uma contradição?”, indagou-se a enfermeira. “Cale-se, irmã da devota do Demo”, vociferou a recém-mãe. “Como queira”, replicou a enfermeira, “Que nome vão dar ao puto, para eu meter aqui na ficha. “Nicholas”, disse a babar-se Patrick, “Nicholas Sparks”.
Já sem a incómoda barriga, Jill pôde finalmente entregar-se a Patrick, num acto atentamente visionado por Nick, que estava ao lado no berço. Espera-se que esta visão não o afecte para a posteridade.
FIM
1.1.11 | 0 comentários

O outro projecto destes dois dementes

O Jazigo das Notícias

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