Ora viva, tudo bem?
Written By Sérgio Pereira on sábado, 31 de julho de 2010 | 31.7.10
Deus salve os franceses e as pessoas com hipocondria
Agora que acordaram do coma (pelo menos espero) digam lá: que problema têm as músicas tradicionais militares? Nenhum! Por isso encorajo toda a gente a rebelar-se contra este crime contra a Humanidade e entoar, quando for na rua (principalmente em sítios com muita gente), os seguintes cânticos:
Até à exaustão eu vou marchar
E não se me ponham a julgar
Estas canções é que eu adoro
Se calhar é por isso que não namoro
Mas não me interessa minimamente
Que a minha figura seja indecente
Porque faço isto com grande amor
A não ser que esteja muito calor
Pois a minha pele é muito delicada
E se apanha sol fica encarnada
Os médicos dizem-me para ter cautela
Que cancro da pele é muito fatela
E esta ciática também já chateia
Muito mais conjugada com gonorreia
E nem me falem de artrite reumatóide
Que piora nos dias em que tenho febre tifóide
Um, dois
Bisolvon!
Esquerda, direita
Trifene 200!
Dois passos à bebé
Benuron!
E cinco à caranguejo
A 2$ e 500!
Nota: Não é obrigatório jogar ao Mamã dá Licença enquanto entoa os cânticos, mas só por uma questão de espectáculo sugiro que o faça.
Salazar morreu, ou como a censura me mandou dizer, faleceu heróicamente.
Após dois anos a babar-se e a cantar “Quem é o presidente do conselho aqui? Sou eu, sou eu, sou eeeeuu!”, resultados de um hilariante trágico acidente que sofreu, Oliveira Salazar morreu por fim. O povo rejubila-se chora com a sua morte e o fim da sua ditadura maravilhosa administração do país, sabendo no entanto que ainda temos de aturar o Marcelo Caetano esperança pois temos connosco esse maravilhoso ser humano que é Marcelo Caetano.
Salazar sempre foi considerado um beatozinho cabrão que destruía aos poucos (e desde dentro) o nosso país e empobrecia o seu povo. Talvez por isso as demonstrações de dor sejam quase tão poucas como as pessoas que têm o Belenenses como primeiro clube. O seu regime venenoso e sem liberdade foi pior (e nem acredito que vou escrever isto) do que ver o Rui Patrício a defender uma baliza. sempre foi considerado um homem devoto à igreja e ao seu país. Edificou algumas das maiores obras de sempre contribuindo de forma ímpar e ainda assim paneleira para o desenvolvimento do nosso belo e glorioso país. As inúmeras demonstrações de dor que por todo o país podem ser observadas (entre elas pessoas a dizer “Coitadinho “ ou “É uma chatice mas é assim a vida, que se lixe”) são por isso normais e compreensíveis. O seu regime (super-hiper-mega) glorioso foi tão bom como ver um filme onde entre a Soraia Chaves e esta fique nua, que a gaja é bem boa fique desnuda mas de uma forma artística e sem poucas vergonhas, embora admitamos que a Menina Soraia possui as qualidades necessárias para despertar em qualquer homem o desejo de cometer esse delicioso indecente pecado da carne.
Agora que o governo de Marcelo Caetano, não vive mais sobre as ordens dessa voz esganiçada e demente de comando de Santa Comba Dão surge a duvida de como será daqui para a frente governado o nosso país. As perspectivas não são boas são óptimas.
P.S: O autor da notícia quer alertar o leitor para o facto de a mesma ter sido alvo de uma revisão por parte da Censura. Apesar de este vosso periodista de primeira água não aceitar ser pressionado, teve de mudar de ideias quando o ameaçaram de lhe tirarem e queimarem todos os seus livros sobre liberdade de expressão, bem como a sua colecção da Anita. Se por isso, caro leitor, achou que esta noticia (ao contrário do habitual) não teve piada nenhuma, não fique a pensar que o autor é uma merda. A Censura é que deu cabo disto tudo.
P.S: O autor desta notícia não foi de forma alguma censurado. Se isto não tem piada é porque o autor é cócó. O autor gostaria também de assegurar aos seus leitores que a guerra está a correr super bem, e que Angola é tão portuguesa como o Pepe. O autor não se perdoaria a si mesmo se perdesse a oportunidade de expressar a sua suprema admiração pelo Estado Novo. A admiração que tem é tão grande que até possui no seu quarto um poster com todos os membros do conselho usando apenas uma tanga. Viva o Estado Novo!
Grande conquista para a modalidade do salto em altura! Vamos fingir que alguém quer saber de salto em altura por vá lá... 5 minutos.
Written By Tiago Lacerda on sábado, 24 de julho de 2010 | 24.7.10
1963 - “I Wanna Flyyyyyyy Awaaayyy!!” Foi ao som da música de Lenny Kravitz que Valery Brumel bateu o record mundial de salto á vara, com um registo impressionante de 2,28 metros. Muitos consideravam o feito impossível, uma vez que Lenny Kravitz ainda nem tinha nascido em 1963, mas o facto é que aconteceu. Brumel que competia por esse Kraken da vida politica e internacional dos países que é a URSS, bateu o anterior record deixando de arrastos o seu antecessor - ele próprio.
Seis anos depois já poucos se lembram do antigo Valery Brumel. O outrora magnifico atleta voltou à competição depois de anos de paragem e precisou de apenas 25 vezes para ultrapassar a estonteante marca de um metro e meio. A desilusão dos fans do salto em altura era bem visível, até porque são só 5. Quando este vosso Artur Albarran das gazetas digitais falou com Brumel no flash-interview, tentou perceber melhor o estado de espírito do atleta-que-tenho-a-certeza-deve-ser-comunista:
Jazigo: Hoje tiveste muitas dificuldades e quase não passavas a marca de 1.50m, marca já antes conquistada por...toda a gente, incluindo a minha vizinha de 95 anos. Como te sentes, campeão?
Valery Brumel: Sinto-me mal, já fui o melhor e agora...
JN: Agora acabaram-se os esteróides, não foi meu menino? Pensas que nos enganas ou quê!?
VB: Não é nada disso, eu estive fora da competição 6 anos por...
JN: Por teres ficado sem um dealer. Nós sabemos como isso funciona. Mas, mesmo sem “ajudas”, devias ser capaz de saltar 1,50 à primeira ou se fosses mesmo nabo à quarta. Como te justificas para com os 7 fans deste desporto (entre eles a tua mãe) que te vêm por todo o mundo?
VB: Eu tive um acidente que me partiu os tornozelos e não consi....
JN: Espera que ele agora teve um acidente! Ai que peninha que eu tenho de ti! Não nos mintas pá! Tu deixaste foi os três anões que te costumavam ajudar a saltar em casa.
Depois desta imparcial entrevista que acabou devido ao facto de Valery Brumel sair a correr a chorar em direcção ao balneário, deixei-me ficar pelo recinto. O meu faro jornalístico dizia-me que ainda havia algo por descobrir. Também me dizia que a 200 metros se estava a vender deliciosas maçãs caramelizadas, por isso deixei-me ficar.
Acabou por não haver mais nada de espectacular a acontecer. Uns quantos recordes mundiais foram batidos, umas quantas pessoas ficaram para sempre na história do desporto mundial, nada que interesse ao público em geral. Assim sendo fui-me embora, moderadamente desiludido com as noticias que consegui mas espectacularmente contente com as maçãs caramelizadas que eram daqui (estou neste momento a mexer em ambas as orelhas que me ornamentam a cabeça).
Abriu a Mercearia Luna Libre, mas será que há alguém lá fora?
A viagem decorreu sem incidentes. Ou melhor, quase. A meio do trajecto, quando tiveram de abastecer, Michael Collins aproveitou a paragem na estação de serviço para comprar uns acepipes e uma garrafa de whisky maltês. Por azar, no preciso momento em que Mike fazia as compras, o Gang dos Cometas sem Cauda entrou pelo estabelecimento e levou todo o dinheiro que havia na caixa registadora e na carteira do astronauta. Valeu a Collins o velho vício de guardar uns trocos no bolso secreto do fato espacial, que fica entre o umbigo e o escroto.
De volta à nave, o resto da viagem foi passado ao som do grande clássico dos Pink Floyd Astronomy Domine. Após umas passas num cachimbo (o cubano ficou-se pelos charutos), lá iniciaram a descida final. O início dessa manobra foi algo atribulado, pois o piloto Michael Collins queria destruir os asteróides e elefantes cor-de-rosa que lhe apareciam à frente, o que mais parecia uma primeira versão ao vivo e a cores do jogo retro Space Asteroids. Buzz Aldrin e Neil Armstrong rapidamente acudiram e evitaram a tempo a caída num buraco negro. Apesar de terem estado às portas da morte, os três compinchas acharam tanta piada ao sucedido (e ao facto de um dos dinossauros cor-de-rosa estar a fazer uma lap dance a um asteróide) que se rebolaram no chão da nave a rir às gargalhadas por um bom par de minutos. O cubano fartou-se daquilo e, como estava a dormir quando pararam na estação de serviço e tinha pressa para urinar, acabou por ser ele a aterrar a nave espacial. Depois de o fazer saiu pela mala da nave e foi despejar a bexiga.
Ao mesmo tempo os astronautas saíam pela porta da frente, ainda agarrados à barriga de tanto rir. O primeiro a sair foi Neil Armstrong, que disse “Por acaso nem me importava que aquela dinossaura me fizesse uma dança privada.”. Mike e Buzz desataram de novo a rir, e Aldrin acabou por ser atingido com um espicho da urina que o cubano expelia (isto já se sabe, a gravidade na Lua é o que é). Os dois desataram imediatamente à luta e foram parar ao lado negro da Lua. Ficaram tão assustados com o que viram que voltaram logo à nave. Os Pink Floyd acabariam por, anos mais tarde, lhes dedicar a música Brain Damage. Foi só no dia seguinte que, entre ressacas e nódoas negras, pensaram na frase que Neil tinha proferido, as primeiras palavras na Lua, e chegaram à conclusão que não era bestial. Depois de Mike sugerir a declaração exclamativa “Man, ‘tar ganzado na Lua é altamente!”, o cubano pregou uma direita no piloto que o pôs a dormir. Passadas dez horas e três garrafas de gin, concordaram com relutância com a frase “Um pequeno passo para o Homem, um grande salto para a Humanidade”.
Esperamos agora o regresso destes heróis a casa, sãos e salvos. Excepto o cubano, que já abriu uma mercearia lá na Lua e pretende mesmo montar lá vida, casar, ter filhos e entrar no Gang dos Cometas sem Cauda para ganhar um dinheiro extra, pois negócios no espaço não são muito rentáveis.
Entrevista de uma morte: Richard McDonald
Written By Sérgio Pereira on sábado, 17 de julho de 2010 | 17.7.10
Não me parece uma boa ideia. Não porque o nome lembre um certo membro fálico de que o Ronald McDonald é especialmente fan, mas porque as pessoas ainda se podiam lembrar do Cheney enquanto comiam. Imagine a dor de barriga...
Ora aí está o motivo porque eu sou um empresário milionário e você um reles jornalista de um pasquim on-line. Como é que se fazem os hambúrgueres? Fritam-se. Então onde é melhor instalar uma casa de hambúrgueres? No Alasca, onde faz frio como o caraças e temos a possibilidade de sermos mortos por um urso, ou pior, ver a Sarah Palin? Ou na Califórnia onde se poupa dinheiro nos grelhadores, fritando as hambúrgueres na pedra, e ainda temos a oportunidade de ver o Exterminador Implacável ao vivo? Pense nisso.
O McDonald’s tem um museu no local onde antes se encontrava instalado o primeiro restaurante da cadeia. Confirma os rumores de que o peso total do Museu é suportado pela gordura deixada pela máquina de fazer batatas fritas?
Não, credo! É só metade da gordura, a outra metade ainda hoje é usada por todo o mundo para grelhar os hambúrgueres e as batatas. Isto o preço do óleo anda pela hora da morte. Onde é que já se viu dar 1,39€ por um garrafão de 3 litros? Há que poupar!
Começaram o negócio em plena II Guerra Mundial. O vosso objectivo era matar os alemães com gordura acumulada no sangue ou deixar os judeus dos campos de concentração com água na boca ao ver um naco de carne de porco oriundo sabe-se lá de onde?
Nem uma coisa nem outra. O nosso objectivo era acabar com a fome no Mundo, e quase conseguimos. Fomos a África, reunimos todas as “criancinhas que não têm que comer, coitadinhas” e demos-lhes os hambúrgueres. O que aconteceu foi que elas se recusaram a comer aquilo, preferindo passar fome ou comer o cérebro de um macaco com sida (macaco esse com quem mantive uma relação de “amizade” muito linda). Enfim, pobres e mal agradecidas. Tudo bem ainda estávamos em fase de testes, e admito hambúrguer feito com carne de Kuala e fofura de pónei não soa muito apelativo, mas se tivessem mesmo fome até um McRanch comiam!
Se soubesse que o negócio que criou iria possibilitar, anos mais tarde, a existência de pessoas como o Fernando Mendes e a Simara, tinha-se suicidado?
Claro que não. Tinha, isso sim, comprado um catana e arranjado um super-catálogo. Uma catana para ser eu a “limar” a Simara e não o Povoas, como aconteceu. E um catálogo para ver se ganhava a montra final no Preço Certo, que aquilo tem lá prémios bons hã!
Em algum momento se sentiu ameaçado pela concorrência dos hambúrgueres de Krusty, o palhaço da série Simpsons?
Nem pensar nisso! Eu faço o meu negócio, não me preocupo com o dos outros. Depois deixamos o mercado falar por si. Por exemplo, no outro dia o Krusty oferecia um Krusty Menu a todos os que comprassem um Krusty Sundae. Nós, por outro lado, aproveitamos para oferecer um Sundae a quem compra-se um McMenu. Há grandes diferenças, e se está curioso fomos nós que vendemos mais. Até porque somos a única das companhias referidas que realmente existe, e talvez isso tenha ajudado.
A sua rivalidade com o KFC é meramente económica ou isso há gajas e galinhas pelo meio?
Posso dizer que há coxas envolvidas. Nós até nos dávamos bem, mas certo dia o Ronald e o Coronel Harland Sanders começaram a discutir quanto à melhor maneira de fazer um panado. Discordavam na questão da quantidade de gordura a utilizar. O Ron defendia que era Gordura elevada ao cubo elevada a infinito, o Coronel optava pela fórmula Gordura elevada a infinito a multiplicar por Gordura elevada a infinito. A discussão alcançou proporções tão gigantescas que até hoje nunca mais se falaram.
Se os hambúrgueres McDonald’s só são feitos a partir da carne das melhores vacas, porque é que a Paris Hilton e a Elsa Raposo ainda andam aí à solta?
Vê-se mesmo que vocês não prepararam esta entrevista. Para já esqueceram-se de mencionar Nereida. Depois não investigaram bem. Só lhe digo isto: Para onde pensa que vai toda a chicha que elas tiram nas operações plásticas? Para as mamas delas não?
Se eu lhe falar em rato no que pensa imediatamente? Huuuum Hamburgers..... Ou Huuuuummm Hamburgers....?
Penso mais em “Huuuuuuuuuuuuuuuuuuuum rato!”. Não há nada com mais proteínas e vitaminas que um rato, sabe? É verdade, como eles comem qualquer coisa que lhes apareça à frente, estão sempre cheios de todos os tipos de vitamina, de A a Zinco, e proteínas, tanto as de 200 como as de 1/1000 de Aminoácidos (não é preciso fazer cara de parvo, não é o único nesta sala que não faz ideia do que está a ser dito). Também estão cheios de bactérias, vírus e vermes, mas isso depois de bem fervidos e passados por óleo Fula com dois anos vai tudo à vida.
É verdade que quem comer 30 Happy Meals seguidos começa logo a levitar e a dançar com os anjos, ou antes disso ainda tem tempo para ir à casa-de-banho satisfazer a urgente necessidade número 2 que entretanto aparece?
Isso são calúnias que dietistas e pessoas que andaram anos a estudar medicina e nutrição começaram a espalhar tendo apenas por base os seus conhecimentos do funcionamento do corpo humano. Não devem por isso ser tidas em conta, até porque um estudo recente feito por uma empresa minha, muito credível, diz que isso é tudo mentira e que comer 30 Happy Meals até faz bem, especialmente ao coração e aos calos nos pés.
Muita gente diz que a comida servida na sua cadeia de restaurantes faz mal. Importa-se de vir comigo à Associação das Pessoas com o Miocárdio Entupido Devido ao Colesterol e dizer-lhe que isso é mentira?
Depende. É muito longe? Se fica a mais de um quilómetro não posso ir, fico cansado e com fome.
Admita lá, aquilo de o McDonald’s começar a vender saladas e sopas, foi só para o lucro não ser tão grande e assim declarar menos aos Impostos, recebendo consequentemente mais subsídios estatais, não foi?
(risos mafiosos) Vocês são danados para a brincadeira! Estou a ver que tenho de mandar uns quantos “amigos” meus (campeões de luta livre) fazer-vos uma visita... Mas respondendo à sua pergunta, não. Nós lançámos as sopas e saladas para melhor satisfazer os pedidos dos nossos clientes que são pessoas na sua maioria preocupadas com a saúde. (Risos incontroláveis).
Você serviu o hambúrguer número 50,000,000,000. A minha pergunta é esta: A sério? Contou todos os hambúrgueres que serviu? Isso não é um bocadinho paranóico e revelador de uma insegurança doentia?
Eu tenho uma mente maravilhosa no que toca a contar o número de hambúrgueres vendidos, diria mesmo uma mente brilhante. Sou uma espécie de John Nash do fast food. Até um amigo imaginário tenho. Chama-se Horácio e gosta de se esconder atrás das cortinas só para me pregar sustos quando entro numa divisão.
Se fosse um menu do McDonald’s qual seria e porquê?
Provavelmente seria o Filet-O-Fish com o pacote super-grande de batatas fritas, uma Maçã Dinamarquesa, Coca-Cola e o gelado McSundae. Tudo porque quando ando na rua com a minha mulher que, só por acaso, é uma manequim bem jeitosa, as pessoas costumam dizer “Eh carapau! Oh caramelo, olha que isso é fruta a mais para um gajo sem sal e que solta tantos gazes como tu!”.
Num batalha entre o Super-Homem e Ronald McDonald quem acha que ganharia e porquê?
Assim de repente diria o Chuck Norris, o homem e aquele seu roundhouse kick dão cabo de tudo. Mas duvido que ele aparecesse nessa luta porque tem medo de palhaços. Sim, é surpreendente e inesperado, mas o Chuck Norris tem medo de palhaços. Palhaços e mimos. Mas passando à frente. Entre Super-Homem e Ronnie apostava no palhaço porque, vamos lá ver, um palhaço tem sempre vantagem porque consegue pôr a rir o público. A não ser que esse palhaço se chame Krusty. Ou Carlos Queiroz. Nestes casos não rimos mas choramos. Mas o Ron consegue pôr qualquer um a rebolar à gargalhada com a sua imitação de um ataque cardíaco fatal após uma dentada num McTasty. Imitação essa baseada numa história verídica.
Imagine que uma rebelião de mulheres gordas o começa a perseguir, culpando-o do seu excessivo peso. Ao fugir delas, vai parar a um pasto com centenas de vacas que o reconhecem e ficam enfurecidas. Fica então rodeado: de um lado mulheres gordas, do outro vacas iradas. A pergunta é: o que acha que aconteceu realmente aos dinossauros? Acredita naquela teoria do meteorito ou tem outra sugestão?
Eu não gosto de fazer acusações levianas, mas você andou a fumar umas coisas mesmo poderosas! Isso ou pediu um McBacon numa das minhas lojas no Texas. Não que estes façam especial mal, atenção, o Bush ia lá todos os dias e como se pôde ver a cabeça dele estava perfeitamente bem, mas há pessoas que não se dão bem com o clima de lá e depois culpam o McBacon. Viu como eu consegui airosamente evitar a sua pergunta? Às vezes fico a pensar que deveria ter ido para José Sócrates em vez de hamburgeiro.
Xavi & Iniesta ou Bucha & Estica?
Batatinha e Companhia. Aquele enorme pico no cabelo conjugada com a inocência de enviar prémios por baixo da televisão bate qualquer boa dupla de futebolistas ou de humoristas físicos. Além disso gosto de palhaços, ao contrário do Chuck Norris.
Estou quase na Lua, não me chateiem que eu estou quase na Lua
Partiu ontem rumo à Lua a nave espacial Apollo 11. A bordo vão três tripulantes – Buzz Aldrin, Neil Armstrong e Michael Collins – bem como um cubano que estava nos EUA ilegalmente e que, para não ser extraditado, se escondeu na mala sem que ninguém desse conta.
A descolagem decorreu sem problemas, isto se não contarmos com uma falsa partida devido a um ataque grava de flatulência de Mike, provocado por um taco que comeu duas horas antes da viagem. Depois de voltarem atrás, inspeccionarem e arejarem o foguetão de lés a lés e de Mike ter deixado a casa-de-banho dos homens no Cabo Canaveral interdita para os próximos três a cinco anos, lá arrancaram outra vez. Curioso como na inspecção que foi feita não descobriram o cubano, e ainda mais curioso é como o dito cujo se aguentou lá dentro quando aquele cheiro a queijo impregnava o mais recôndito recanto da nave, entrando pelas narinas e poros dentro. Porém os mecânicos da NASA detectaram que o pisca esquerdo da frente não dava, enquanto que o de trás piscava muito rápido. Utilizando a linguagem científica, o problema deriva de falta de massa (dinheiro mesmo, que andam a cortar nos fundos à instituição). Toda a gente sabe que os piscas no espaço são de extrema importância, principalmente quando se vai para a Lua utilizando a Interestelar 7 que liga Mercúrio a Marte, pois ao quilómetro 209.958.468 é preciso virar à esquerda para a Intergaláctica rumo a Andrómeda e passados mais 87.247.394 quilómetros virar novamente à esquerda para apanhar o IC2 (Itinerário Constelar n.º 2) em direcção à Lua. Sim, já sei o que estão a pensar, leitores. Eles podiam apanhar logo directamente o IC2 e escusavam de andar a fazer tantos desvios. Mas essa estrada aérea tem muitas curvas, e o Buzz enjoa. Para sustentar ainda mais esta escolha, o IC2 não tem aqueles riscos na estrada que ajuda a sensação de enjoo a passar.
A saída da estratosfera foi o início de um pesadelo. Tudo porque Neil começou incessantemente a perguntas “Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos? Já chegámos?”. Vê como é chato, leitor? E você podia perfeitamente ter fechado a página. Agora imagine aquela gente no espaço, não podem deixar o Neil à berma da estrada só para lhe pregar um valente susto. Poder podem, mas pregam-lhe um susto fatal. Depois de Mike ter ameaçado Neil dizendo que se não se calasse mostrava novamente o poder dos tacos, ele lá se calou. Passados cinco minutos ou uma hora (no espaço nem se dá pelo tempo a passar, parece um continuum), o cubano apareceu dizendo se não podiam encostar que ele precisava de pôr o palhaço a chorar. O Buzz sentiu-se insultado e colérico, afirmando que nunca na sua vida um cubano o faria chorar. Quando o cubano explicou que aquilo era uma metáfora para urinar, Buzz acalmou-se um pouco e gritou que se aguentasse pois só faltavam 4 dias para chegarem ao destino. Obviamente que Buzz pensa que gritou, mas como o som não se propaga pelo espaço, o cubano ouviu aquilo num tom mais de sussurro e mesmo algo sexy.
Agora é esperar para ver como corre o resto da viagem. Da parte da redacção d’ O Jazigo das Notícias prometemos acompanhar a par, passo e pulo o desenrolar dos acontecimentos, mas se o taco voltar a atacar, aí seremos obrigados a encontrar outro tópico de interesse.
Aviso há Navegação.
Written By Tiago Lacerda on quarta-feira, 14 de julho de 2010 | 14.7.10
A resposta é simples. Um dos autores deste blog vai ter umas (merecidas) férias, mas como é uma pessoa responsável e que põe os interesses do blog acima do seu bem-estar pessoal, não se esqueceu de chatear os leitores do Jazigo com a sua parvoíce desta semana.
Caso se estejam a perguntar, "Então e porque é que só está uma noticia e não duas como costume? Que é feito da entrevista que me prometeram?". Calma.
A notícia do Sérgio virá no dia do costume, Sábado, bem como a dita entrevista. E isto porquê? Porque ele não vai de férias.
Heh Heh.
Façam poucochinho dele se quiserem.
Era isto.
Tiago A. Lacerda
A Bastilha foi penetrada por muita gente, e acabou mesmo por ser conquistada.
Foi ontem tomada a Bastilha, a revolução francesa acaba de começar. Foi um evento confuso mas bonito. Confuso porque era tanta gente, de tantas classes e tão mal formadas que mais parecia o bando de pseudo-namoradas do Cristiano Ronaldo do que um exército. Para quem não sabe a diferença entre as namoradas do CR9 e o exército é simples. As namoradas do Ronaldo são em maior número, mais boas e servem mesmo para alguma coisa, nomeadamente vender revistas. Desde quando é que o exercito fez aumentar tiragens? (Não vale dizer caso dos Submarinos). Bonito, porque no fim de quatro horas de tiroteio, os mesmos homens que apoiam a declaração dos direitos do homem e do cidadão (humanistas no fundo), marcharam pelas ruas com a cabeça de Larnay (o governador da Bastilha) espetada numa lança. Só para mostrarem como estão mesmo de acordo com a declaração dos direitos do homem. Ou haverá melhor maneira de defender os direitos a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão, do que decapitar um homem que apenas estava a cumprir o seu dever? Se há não conheço.
Depois da Bastilha ter sido oficialmente conquistada as coisas descontrolaram-se um pouco. Por todo o lado vi gente a abraçar-se, a gritar vivas e a dançar alegremente. Um espectáculo degradante que se encontra longe da classe, do prestigio, do sentimento de humanidade que se viu no fuzilamento dos soldados que guardavam a Bastilha e que, ao constatarem o inevitável, se renderam. Não há nada que me dê mais fé na raça humana (eeeh láaa a falar de raça? Tu queres ver que o Hitler me está a possuir do além? O diabo não pode ser, que o diabo não é tão esquisito nisto da raça), do que ver gente rendida ser baleada. Uma nova aurora para a França e para a Humanidade promete surgir deste evento, estou certinho disso.
Já que estamos a falar do final deste maravilhoso momento, convém dizer porque começou ele. Portanto segundo o que ouvi dizer foi mais ou menos por isto:
O Rei Luís XVI é um cafageste, estes nobres é que mamam tudo e não deixam nada e há uma grande crise económica. São estes os motivos para a revolução. O que é curioso é que se na frase anterior substituirmos Rei Luís XVI por Sócrates, e nobres por políticos estas são frases que segundo me disse um viajante inter-espacial, super-hiper-mega-guerreiro do espaço chamado Rodrigo, terão todo o sentido em 2010. A única diferença é que nós não andamos aí a mandar abaixo edifícios do estado só porque a vida nos corre mal. E ainda dizem que os portugueses são uns selvagens...
Por último sinto que é meu dever relatar aos meus leitores fofinhos que esta palhaçada, ou como dizem os franceses “cette merveille”, começou também com a intenção de soltar os inúmeros cativos presos na Bastilha. Eram para cima de 6, embora não tantos que atingissem o estonteante numero de 9. No final foram mortas 106 pessoas para libertar 7. Assim, à primeira vista, um matemático de profissão pode dizer-vos “Eh pá isso é um saldo um bocadinho negativo!”. Mas depois de lerem a declaração de direitos do homem e do cidadão que será feita a partir daqui, mudarão de ideias de certeza. Afinal que besta não derramará lágrimas ao ler finalmente inscrito na lei isto: “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos.” Claro que aqueles que não concordem connosco, sejam homossexuais ou de cor diferente, não entram nesta brincadeira. Os homens são todos iguais, mas fora com os que são diferentes. Mas pronto, mesmo que isto quase nunca se aplique é lindo de ler.
P.S: Acredite leitor eu fiquei tão estupefacto como você. De onde veio este ataque final de demagogia? Vou fazer como o Dobby e vou passar as minhas mãos a ferro enquanto enfio a minha cabeça num forno a 200 graus e oiço uma gravação de nove horas com a Júlia Pinheiro. Só para aprender.
“BAD, Tiago, BAD”.