A viagem decorreu sem incidentes. Ou melhor, quase. A meio do trajecto, quando tiveram de abastecer, Michael Collins aproveitou a paragem na estação de serviço para comprar uns acepipes e uma garrafa de whisky maltês. Por azar, no preciso momento em que Mike fazia as compras, o Gang dos Cometas sem Cauda entrou pelo estabelecimento e levou todo o dinheiro que havia na caixa registadora e na carteira do astronauta. Valeu a Collins o velho vício de guardar uns trocos no bolso secreto do fato espacial, que fica entre o umbigo e o escroto.
De volta à nave, o resto da viagem foi passado ao som do grande clássico dos Pink Floyd Astronomy Domine. Após umas passas num cachimbo (o cubano ficou-se pelos charutos), lá iniciaram a descida final. O início dessa manobra foi algo atribulado, pois o piloto Michael Collins queria destruir os asteróides e elefantes cor-de-rosa que lhe apareciam à frente, o que mais parecia uma primeira versão ao vivo e a cores do jogo retro Space Asteroids. Buzz Aldrin e Neil Armstrong rapidamente acudiram e evitaram a tempo a caída num buraco negro. Apesar de terem estado às portas da morte, os três compinchas acharam tanta piada ao sucedido (e ao facto de um dos dinossauros cor-de-rosa estar a fazer uma lap dance a um asteróide) que se rebolaram no chão da nave a rir às gargalhadas por um bom par de minutos. O cubano fartou-se daquilo e, como estava a dormir quando pararam na estação de serviço e tinha pressa para urinar, acabou por ser ele a aterrar a nave espacial. Depois de o fazer saiu pela mala da nave e foi despejar a bexiga.
Ao mesmo tempo os astronautas saíam pela porta da frente, ainda agarrados à barriga de tanto rir. O primeiro a sair foi Neil Armstrong, que disse “Por acaso nem me importava que aquela dinossaura me fizesse uma dança privada.”. Mike e Buzz desataram de novo a rir, e Aldrin acabou por ser atingido com um espicho da urina que o cubano expelia (isto já se sabe, a gravidade na Lua é o que é). Os dois desataram imediatamente à luta e foram parar ao lado negro da Lua. Ficaram tão assustados com o que viram que voltaram logo à nave. Os Pink Floyd acabariam por, anos mais tarde, lhes dedicar a música Brain Damage. Foi só no dia seguinte que, entre ressacas e nódoas negras, pensaram na frase que Neil tinha proferido, as primeiras palavras na Lua, e chegaram à conclusão que não era bestial. Depois de Mike sugerir a declaração exclamativa “Man, ‘tar ganzado na Lua é altamente!”, o cubano pregou uma direita no piloto que o pôs a dormir. Passadas dez horas e três garrafas de gin, concordaram com relutância com a frase “Um pequeno passo para o Homem, um grande salto para a Humanidade”.
Esperamos agora o regresso destes heróis a casa, sãos e salvos. Excepto o cubano, que já abriu uma mercearia lá na Lua e pretende mesmo montar lá vida, casar, ter filhos e entrar no Gang dos Cometas sem Cauda para ganhar um dinheiro extra, pois negócios no espaço não são muito rentáveis.
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