Hi quest ,  welcome  |  sign in  |  registered now  |  need help ?

Facebook


Joana arrepende-se de o seu arco ser de madeira

Written By Sérgio Pereira on domingo, 30 de maio de 2010 | 30.5.10


Já está a arder que é uma maravilha, agora tragam a chouriça, diz um guarda inglês

Finalmente vai ser assada. Esta chouriça de bofes já estava mais que curada, quase meio ano depois das matanças é que alguém decide “olha, agora até que caía bem!”. Já tinha um bocado de bolor nas pontas e tudo, mas isso corto-as e dou-as ao Françiú, o meu lobo da Alsácia e Lorena. Ele gosta mais de carvão e ferro, mas às vezes lá petisca uma carnita.

É claro que para assar a chouriça teve que se arranjar umas brasas porreiras, e que melhor que as brasas que resultam da combinação de fogo, vides e uma bruxa? Não há! Por isso é que bastou procurar um bocado e descobrir que havia uma bruxa francesa, Joana D’Arc, que andava há anos para ser condenada à morte por heresia. Lá fomos nós à procura dela e por pouco não íamos cometendo um erro muito grave: queimar uma bruxa a sério. Isto já se sabe, as bruxas são feias e têm bigode, as francesas igualmente. Logo é difícil saber quais são umas, quais são outras, e quais são ambas. Mas lá demos com a Dita Cuja.

Demorou a convencê-la mas, depois de uns euros por debaixo da mesa e umas doses de droga por cima (ou foi ao contrário?) a Dita Cuja lá revelou onde estava Joana D’Arc. Mulher complicada esta Dita Cuja, muito difícil de convencer, e das poucas pessoas que tem escutas por todo o lado e sabe tudo o que se passa. Assim de repente só me lembro mais de Deus, da CIA que só será criada daqui a uns 500 anos, e um filósofo do antigamente, da Grécia ou lá o que era aquele império que passa por mais crises de pânico que um homossexual numa sala desarrumada. Homossexuais esses que também fazem boas brasas, mas para entremeada.

Por muito complicado que seja, a Dita Cuja cede sempre ao fim da segunda passa, tipo Hagrid ao fim do terceiro copo. Excepto que a Dita Cuja depois não compra dragões nem fica amiga do Harry Potter, porque se ficasse iam logo para a fogueira os dois e de seguida debicava-se um pouco de entrecosto.

Sabendo a sua localização, lá fomos buscar a Joana, condenámo-la e aí lá está ela presa a um poste, pronta a arder. As vides já estão prontas, temos também alguns paus grossos se a noite ficar fria e é isto. Agora ninguém tem é isqueiro. Rai’s parta esta gente, só quando não é preciso é que andam com um. Ufa, afinal a Joana tinha um no bolso, parece que era hábito enquanto falava com Deus ia dando umas esbaforidelas. Pronto, agora que o espectáculo está quase a começar, deixem-me cá ir e preparar-me para a festa. Estou cá com uma larica!

30.5.10 | 0 comentários

Actualizações e idiossincrasias típicas de pessoas

Written By Sérgio Pereira on sábado, 29 de maio de 2010 | 29.5.10

Então como vai isso caro leitor? Tudo em cima ou já anda desmotivado com a Selecção Nacional? Ai ainda não? Então veja atentamente o jogo da próxima terça-feira contra os Camarões para ficar com uma depressão a valer.

Por falar em depressões, há coisas novas neste blog. Para já uma notícia logo abaixo deste post sobre um senhor muito engraçado chamado Savanarola. Depois os autores deste blog tiveram a gentileza de escrever mais duas crónic... vamos chamar-lhe textos parvos. É para ver na coluna onde diz Autores. Se tiver problemas de coluna, artrose nas orelhas ou osteoporose no nariz, então é melhor seguir estes links directos:

Nós sabemos que habitualmente postamos duas notícias ao Sábado, mas é que durante esta semana não aconteceu grande coisa de extraordinário. Talvez amanhã, cheira-me mesmo que este Domingo vai acontecer algo bombástico. Bombástico não, incendiário. É estar atento.

Sem mais de momento, aquele abraço.
Coisinho #1
Coisinho #2
29.5.10 | 0 comentários

É uma regra de quatro* simples, o Savonarola tem de falecer.

“Quem raio é Savanarola?”, perguntará o leitor ao ler o título desta notícia. È engraçado, antes de ter sido enforcado (ontem num espectáculo em Florença, mas já lá iremos) o Savanarola perguntou exactamente o mesmo sobre si, leitor. Nessa altura respondi que são umas pessoas bacanas e com sentido de humor, que estão a tentar esquecer aquela doença que lhes deixa os orgãos sexuais num estado deplorável (acredite em mim que eu sei, caro leitor que veio ao blog pela primeira vez). Hoje já não sei se responderia o mesmo (tenho visto melhorias no que a genitalha diz respeito), mas apesar desta dúvida posso dizer-lhe caro leitor, quem é Savanarola.


Jerónimo Savanarola foi um percursor daquilo a que a Igreja chama de reforma, os historiadores chamam Inquisição e ao que eu chamo uma filha da putice (parafraseando Avelino Ferreira Torres). Foi ele que começou, em Florença, essa bonita tradição de queimar livros que não tivessem impresso pelo menos dois padres-nossos e três imagens da Virgem Maria (pormenor interessante: se as imagens das virgens se estivessem a acariciar e a beijar umas às outras as imagens não eram permitidas, o que é obviamente uma pena). Tradição essa pela qual, espero, esteja neste momento a arder no inferno (de preferência o inferno criado por Dante) enquanto é repetidamente violado por dois globins saídos d’ O Senhor Dos Anéis.


Adorado por muitos (na sua maioria pessoas cujas únicas leituras que fizeram na vida foram a Bíblia e o livro A biblia para tótos, todas as explicações daquilo que não percebeu enquanto leu a bíblia), Savanarola parecia que se iria manter “em funções” por muito tempo. Foi por isso uma surpresa agradável ver ontem chegar à redacção um pombo-correio que nos informava sobre o enforcamento de Savanarola. Pessoalmente rejubilei. Pela morte de Savanarola, mas também pela fotografia que o pombo trazia para mim, com 4 (!) virgens marias a tomarem o corpo de Cristo todas juntas. A sério, quem ainda não viu devia ver, é uma imagem verdadeiramente divinal!


Muitas são as vozes críticas que se fazem já ouvir. Alguns acham que Savanarola foi a melhor coisa que aconteceu a Florença desde a contratação do Rui Costa, outros acham que a sua execução deveria ter sido a fogueira e não a forca, só para que Jerónimo pudesse sentir o mesmo que todos os livros e pessoas sentiram. Pessoalmente, penso que Savanarola deveria ter tido a sua cabeça cortada por Ned Stark**, mas isso sou eu que gosto de justiça\ironia poética.



*Espectacular piada literária, que faz referência ao livro A regra de Quatro, onde os personagens principais investigam uma obscura obra renascentista curtamente apelidada de “Hypnerotomachia Poliphili, ubi humana omnia non nisi somnium esse ostendit, atque obiter plurima scitu sanequam digna commemorat" (Hypnerotomachia Poliphili, para os amigos) escrita no tempo de Savanarola.


**Mais uma fantástica referência literária, desta vez à obra de George R. R. Martin. Ah, quem diria que um gajo como eu lia coisas!?

29.5.10 | 0 comentários

Abriu o sítio mais feliz do mundo depois do rancho Neverland

Written By Sérgio Pereira on sábado, 22 de maio de 2010 | 22.5.10



Foi no passado dia 20 que se procedeu, com bastante sumptuosidade e mesmo alguma opulência, à inauguração do Açouge do Sul da Polónia… não, este nome não é lá grande coisa… do Centro de Erradicação de Resíduos Tóxicos… pois, este também não me agrada… da Estação de Tratamento e Co-incineração de Lixo… bolas! Queres ver que não dou com nome para isto? Fica campo de concentração de Auschwitz, pronto!
Na abertura do campo estiveram milhares de pessoas, que se declararam emocionadas com a abertura de um complexo tão grande ou maior que o Centro Comercial Colombo, com a vantagem que em Auschwitz não há em frente nenhum estádio de futebol a “estragar a vista”. Uma alta patente nazi, que não quis divulgar o nome por “não querer ficar famoso e posteriormente aparecer nas revistas cor-de-rosa” (suspeito que é o mesmo nazi que ainda ontem foi apanhado em Colónia com Paris Hilton, mas sem certezas), teve a sorte de ceifar a fita vermelha, mas a tradição não foi cumprida, porque em vez de a dilacerar teve de a desfazer com a substância química Zyklon B. Era para ter acontecido com uma tesoura, mas o nazi perdeu-a de forma misteriosa e teve de improvisar. Este repórter que vos escreve pode, no entanto, afirmar que a tesoura estava em posse do médico Josef Mengele, que a manuseava alegremente e demonstrava que as veias de gémeos, quando sopradas, podem fazer o mesmo ruído que as vuvuzelas distribuídas pela Galp*.
Agora espera-se que nos próximos dias comecem a chegar dezenas ou mesmo centenas de milhares de interessados em frequentar este campo. Porém é já certo que terá de ser feita uma gigantesca campanha de marketing para persuadir as pessoas, pois esta proposta de os homens tomarem banhos quentinhos todos juntos e nus dentro de umas câmaras feitas de ferro não é lá muito cativante. Porém, o cheiro a carne assada que percorre o campo logo após esses banhos pode atrair muita gente adepta de churrascos. Convinha era também alugar os insufláveis para os miúdos, assim chegavam a todo o tipo de público.
* A redacção d’ O Jazigo das Notícias queria, desde já, afirmar que não tem qualquer contrato de patrocínio com uma empresa petrolífera. Aliás, o JN não tem qualquer tipo de contrato de patrocínio. Por isso, os interessados em patrocinar-nos enviem as suas propostas, que dinheiro dá sempre jeito. Além disso, nalguns casos também dá prestígio. Mas enviem as propostas que depois nós decidimos se aceitamos ou não. Já agora enviem também umas vuvuzelas, que é para ver se me vingo deste meu vizinho que “toca” pandeireta.
22.5.10 | 0 comentários

Alpinista go wild, uma notícia para quem gosta de asiáticas.

Junko Tabei tornou-se ontem a primeira mulher a escalar o Evereste. A japonesa que já tinha alguma experiência em alpinismo, nomeadamente alpinismo social, ficou ontem na história do desporto não só como a primeira mulher a atingir o cume do Evereste mas também como a primeira pessoa a não espetar uma bandeira no topo da montanha conquistada. Junko justifica a sua decisão dizendo “nunca gostei de trazer comigo mais sucata (junk) que a que o meu nome comporta”. A proeza não foi contudo fácil de alcançar. Tabei teve de lutar contra muitos obstáculos a começar pela discriminação. Quando sabiam que uma mulher ia tentar escalar o Evereste a maior parte das pessoas respondia-lhe da mesma maneira descrente “Tabei tá! Quero ver isso”.

A sua aventura começa quando, sentada com os pés debaixo do nalguedo, vê na televisão um anúncio onde se procura por uma mulher capaz de escalar o Evereste. Junko, que já antes tinha subido a Serra da Malcata, achou que era a pessoa ideal e candidatou-se. Escusado será dizer que ganhou. (O facto de entoar muito bem uma música dos Ornatos Violeta terá sido decisivo para a sua vitória). Com viagem marcada, só lhe faltava partir.


Toda contente, fez a amor com o seu marido uma última vez, depois fez as malas e aproveitando o facto de o táxi que a levaria ao aeroporto estar atrasado fez mais uma vez amor com o seu marido uma última vez. Já no táxi Junko apercebe-se que se esqueceu de trazer meias quentinhas e teve de voltar a casa, onde aproveitou para trazer não só as meias mas também um camisola de lã. Enquanto arrumava as coisas na mala, aproveitou também para fazer amor com o seu marido uma última vez. Frases como “A sério tenho de me ir embora” ou “ não temos tempo para isso, pousa lá esse pepino e anda cá” foram ouvidas com frequência.


Já no Nepal contrata, como é corriqueiro, nove sherpas para a guiarem até ao topo da montanha. Contrata também, embora isso esteja longe de ser corriqueiro, dois chefes de cozinha francesa que se tornariam seus amigos íntimos, e com os quais Junko aproveitou para várias vezes fazer amor por uma última vez antes de chegar ao topo do Evereste.


A partir daqui as dificuldades multiplicaram-se. Os chefes estavam chateados um com o outro devido a discordâncias sobre as quantidades de sal necessárias para fazer um sopa de feijão, as meias quentinhas de Junko afinal não eram assim tão quentinhas, e até as pequenas coisas, como levar com uma avalanche em cima e ficar inconsciente durante sete minutos, aconteceram a Junko Tabei.

Mas por fim, cansada, com os pés frios mas o coração quente, Junko atingiu o topo.


Oh o êxtase! Oh a delicia! Oh o clímax! Tudo naquela posição era maravilhoso. E foi nesse momento que Junko se apercebeu que tinha o que era preciso para conseguir chegar ao topo da montanha. No dia seguinte de manhã conquistou sozinha o seu objectivo, chegando ao topo do Evereste.


Agora que se encontra já nos anais (e não usei esta expressão por acaso leitor) da história perguntamos a Junko qual é o seu próximo objectivo. “Não sei. Mas gostaria de fazer uma viagem a Índia”. E aqui, este vosso Puyol dos jornalistas, foi pela primeira vez em muitos tempo de carreira fintado, pois perguntou inocentemente: “Ah, para fazer uma viagem espiritual e encontrar o seu verdadeiro eu?” ao que Junko responde com um trabalho de pés digno de Lionel Messi “ Não. Para me tornar a melhor do mundo nessa arte exploratória e perfurativa que é o coito”. Por esta é que eu não estava a espera.

22.5.10 | 0 comentários

O outro projecto destes dois dementes

O Jazigo das Notícias

Seguidores