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Alpinista go wild, uma notícia para quem gosta de asiáticas.

Written By Tiago Lacerda on sábado, 22 de maio de 2010 | 22.5.10

Junko Tabei tornou-se ontem a primeira mulher a escalar o Evereste. A japonesa que já tinha alguma experiência em alpinismo, nomeadamente alpinismo social, ficou ontem na história do desporto não só como a primeira mulher a atingir o cume do Evereste mas também como a primeira pessoa a não espetar uma bandeira no topo da montanha conquistada. Junko justifica a sua decisão dizendo “nunca gostei de trazer comigo mais sucata (junk) que a que o meu nome comporta”. A proeza não foi contudo fácil de alcançar. Tabei teve de lutar contra muitos obstáculos a começar pela discriminação. Quando sabiam que uma mulher ia tentar escalar o Evereste a maior parte das pessoas respondia-lhe da mesma maneira descrente “Tabei tá! Quero ver isso”.

A sua aventura começa quando, sentada com os pés debaixo do nalguedo, vê na televisão um anúncio onde se procura por uma mulher capaz de escalar o Evereste. Junko, que já antes tinha subido a Serra da Malcata, achou que era a pessoa ideal e candidatou-se. Escusado será dizer que ganhou. (O facto de entoar muito bem uma música dos Ornatos Violeta terá sido decisivo para a sua vitória). Com viagem marcada, só lhe faltava partir.


Toda contente, fez a amor com o seu marido uma última vez, depois fez as malas e aproveitando o facto de o táxi que a levaria ao aeroporto estar atrasado fez mais uma vez amor com o seu marido uma última vez. Já no táxi Junko apercebe-se que se esqueceu de trazer meias quentinhas e teve de voltar a casa, onde aproveitou para trazer não só as meias mas também um camisola de lã. Enquanto arrumava as coisas na mala, aproveitou também para fazer amor com o seu marido uma última vez. Frases como “A sério tenho de me ir embora” ou “ não temos tempo para isso, pousa lá esse pepino e anda cá” foram ouvidas com frequência.


Já no Nepal contrata, como é corriqueiro, nove sherpas para a guiarem até ao topo da montanha. Contrata também, embora isso esteja longe de ser corriqueiro, dois chefes de cozinha francesa que se tornariam seus amigos íntimos, e com os quais Junko aproveitou para várias vezes fazer amor por uma última vez antes de chegar ao topo do Evereste.


A partir daqui as dificuldades multiplicaram-se. Os chefes estavam chateados um com o outro devido a discordâncias sobre as quantidades de sal necessárias para fazer um sopa de feijão, as meias quentinhas de Junko afinal não eram assim tão quentinhas, e até as pequenas coisas, como levar com uma avalanche em cima e ficar inconsciente durante sete minutos, aconteceram a Junko Tabei.

Mas por fim, cansada, com os pés frios mas o coração quente, Junko atingiu o topo.


Oh o êxtase! Oh a delicia! Oh o clímax! Tudo naquela posição era maravilhoso. E foi nesse momento que Junko se apercebeu que tinha o que era preciso para conseguir chegar ao topo da montanha. No dia seguinte de manhã conquistou sozinha o seu objectivo, chegando ao topo do Evereste.


Agora que se encontra já nos anais (e não usei esta expressão por acaso leitor) da história perguntamos a Junko qual é o seu próximo objectivo. “Não sei. Mas gostaria de fazer uma viagem a Índia”. E aqui, este vosso Puyol dos jornalistas, foi pela primeira vez em muitos tempo de carreira fintado, pois perguntou inocentemente: “Ah, para fazer uma viagem espiritual e encontrar o seu verdadeiro eu?” ao que Junko responde com um trabalho de pés digno de Lionel Messi “ Não. Para me tornar a melhor do mundo nessa arte exploratória e perfurativa que é o coito”. Por esta é que eu não estava a espera.

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