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Inaugurou-se a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Tiago Lacerda indignado por não receber Oscar para melhor copulador.

Written By Tiago Lacerda on sábado, 1 de maio de 2010 | 1.5.10


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi ontem inaugurada de maneira luxuosa e um bocadinho espectacular. A festa que se realizou no Kodak Theatre foi tão fotografada e procurada pelos paparazzi que a princesa Diana ficou cheia de inveja. Claro que Diana não tinha motivos para isso, estava só armada em parva, mas o que é que um jornalista cujo desempenho na cama é lendário como é o meu caso podia fazer? Ir com ela para a cama? Não obrigado. Não gosto de pessoas que tenham implantes de platina no corpo.

Mas as tristes figuras que Diana fez não foram as únicas a estragar uma noite que estava a ser tão interessante como ver um striptease de Florbela Queiroz. Também Meryl Streep ficou chateada por não ter sido nomeada para o Óscar de melhor actriz. Eu ainda lhe expliquei que ela não podia ser nomeada para uma coisa que ainda não existe, mas ela só se calou quando a Academia lhe disse que quando o prémio existisse ela seria nomeada todos os anos, mesmo que fizesse filmes como O Diabo Veste Prada.

Tirando estes apontamentos mais infelizes, a festa decorreu de forma ordeira, com todas as actrizes a usar vestidos diferentes umas das outras, sem no entanto conseguirem estar tão bem vestidas como o colibri que a meio da festa foi preso pela polícia. Ah, esperem, não era um colibri mas sim Lady Gaga, às vezes confundo-os. A cerimónia apresentada por Bárbara Guimarães teve como ponto alto a entrada de Jorge Palma em palco. O cantor tentou fazer um malabarismo com fogo mas ao falhar, e devido à enorme quantidade de álcool presente no seu sangue, ateou fogo a si mesmo. Foi tão bonito que eu fiz o mesmo a Cláudio Ramos. Sou por isso, caro leitor, a única pessoa neste mundo que sabe a diferença entre Cláudio Ramos e Jorge Palma. A diferença é que Palma arde bem, mas não se aleija porque lhe dão equipamento próprio para fazer o seu número. Já Cláudio Ramos devo dizer que arde mal (e sem mostrar verdadeira vontade de ser reduzido a cinzas), mas, por outro lado, a sua noção de bem vestir não se perde mesmo quando as labaredas lhe lapidam os testículos, o que torna o espectáculo muito lindo de se ver.

Para esta peça jornalística estar completa faltaria falar dos vencedores da noite. Mas como eu não gosto de nenhum deles, e ainda estou chateado por a Academia não me ter dado nenhum prémio pelo meu desempenho no filme caseiro que fiz com duas irmãs gémeas suecas de grandes seios, vou antes falar da fome em África.

A fome em África é um problema de todos nós, mas mais ainda daqueles que estão em África com a barriga a dar horas há tanto tempo que as horas se transformaram em anos. Sim, porque não sei se sabe, caro leitor, em África ninguém tem a barriga a dar horas, porque para isso era preciso que as barrigas dos africanos conhecessem o conceito de comer mais de uma vez por ano. Claro que todos podemos ajudar se quisermos. Basta para isso comermos sempre tudo o que nos põem à frente e lembrarmo-nos daqueles “meninos que não têm que comer” quando estivermos tentados a deitar fora comida. Assim, ao fazermos o esforço por comer aquela réstia de comida que nos vai deixar mal dispostos de tanto comer e que os meninos de África nunca vão ver mais salgada, ajudamos o povo de África. Como? Não sei bem, mas era o que me diziam quando era puto, para não estragar que “há gente que nem isso tem para comer”. Sinceramente não vejo como é que o facto de eu comer mais comida vai ajudar as pessoas com fome, ainda por cima, se pensarmos bem, o facto de eu comer aquele arroz faz com que haja menos arroz, logo menos comida com que as pessoas com fome podem sonhar. Enfim, paradoxos. Acho que é tudo. Ajudem as pessoas com fome, mas não aquelas que têm vontade de “comer a Angelina Jolie” que a pobre da mulher já tem filhos que cheguem.

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