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Preparar... apontar... reviravoltas novelescamente giras!

Written By Sérgio Pereira on sexta-feira, 19 de novembro de 2010 | 19.11.10

Se Vasco Santana estivesse na Suiça na passada quinta-feira, 18 de Novembro de 1307, ficaria boquiaberto a pensar “afinal falar com candeeiros não é assim tão parvo!”. Infelizmente não estava e o protagonista da história que vos contarei a seguir não tinha um sentido de humor apurado.

Guilherme Tell e o seu rebento passeavam por Altdorf, uma cidade suiça, quando do nada se viram presos. “Quero um advogado! Quer dizer, um que não seja o Ricardo Sá Fernandes ou o José Maria Martins, é que tenho vontade de ganhar o processo.”, suplicou Tell, mas os guardas levaram-no rapidamente ao governador austríaco Hermann Gessler. “Ao menos tenho direito a um telefonema? É mesmo só para... ham... pedir à minha mulher que venha trazer a bomba de asma do puto, ainda lhe dá algum ataque...”, continuou Tell, ao que o seu filho começou a tossir enquanto revirava os olhos e fazia a coreografia da “Baby One More Time” de Britney Spears. Gessler torceu o nariz: “Hmmm já vi muitos ataques de asma, e isto parece mais ser uma possessão demoníaca, mas confirmamos já. Guardas! Vejam se o pirralho tem roupa interior.”. Após verificarem que o filho de Tell usava umas cuecas por baixo de uns boxers por baixo de umas ceroulas, Gessler continuou: “Pronto, tudo em ordem. Sabe, senhor Tell, um tirano como eu tem de se prevenir, não se pode dar ao luxo de ter gente nas suas terras a mostrar a genitália. Mas passando ao que nos traz aqui. O senhor e o seu filho estão cá metidos num cabo de trabalho que nem vos conto!”. Por esta altura, Guilherme e o piqueno ainda não sabiam o motivo daquilo tudo, facto que rapidamente expuseram ao governador, que clarificou a situação: “Então, vocês estão presos porque não saudaram o chapéu! Que mais havia de ser?”. A admiração na cara dos reclusos era por demais evidente. “Chapéus há muitos, senhor governador!”, poderia Tell ter ripostado, contudo acabou por perguntar “Mas qual chapéu?”. “O chapéu!”. Neste momento é que Gui perdeu as estribeiras, tendo mesmo acabado por usar a frase tornada célebre n’ O Pátio das Cantigas.

Mas que é isto, sua eminência? Porventura não estará sua excelência a desrespeitar leis de direitos de autor? Ou julga que pode vir para aqui citar a minha pessoa sem autorização das entidades competentes, hein?
Vasco Santana

Peço desculpa aos leitores e ao senhor Santana por tal sucesso. Como dizia, após Gui ter usado a famosa frase de Vasco n’ O Pátio das Cantigas©®, o governador esclareceu tudo. “Então, na praça onde os dois foram presos, está um chapéu pendurado que toda a gente deve saudar, para assim demonstrar que me respeita, algo que vocês não fizeram. Por isso, vou tomar uma medida que o senhor Tell não irá gostar mas que divirta o povo. Ora deixem cá ver... Eureka! O senhor vai ter que fazer malabarismo com anões raivosos enquanto engole espadas banhadas em óleo de fígado de bacalhau! Ai espere... a minha mulher acabou ontem o óleo para fazer a depilação... Já sei! O senhor terá que, a 50 passos de distância, acertar com uma seta numa maçã colocada em cima da cabeça do seu filho! Isto vai ser engraçado!”.

E foi. Especialmente porque Guilherme Tell acertou. Na maçã, entenda-se. Se tivesse acertado na cabeça do puto não era engraçado, era hilariante. Mas quando tudo parecia resolvido, o malvado governador Gessler viu uma segunda lança nas costas do recente herói. “Então para que é isso?”, perguntou Hermann. “Ah, é para caçar javalis para o jantar, nada de mais.”, tentou safar-se Bill. “Hmmm... hesito. Cá para mim essa seta era destinada a mim.”, ao que Gui respondeu insolente “Se o senhor for um javali então sim, é destinada a si”. “O quê, está a chamar-me javali? Fique sabendo que este mês ainda só engordei dois quilos. Guardas! Prendam-no!”. Desta forma foi levado o herói Tell de barco para ser preso no Castelo de Küsnacht. E assim teria sido, se uma tempestade não tivesse ameaçado os passageiros do barco no qual, além de Tell e os guardas, estava também o governador maldito. Tendo que recorrer a uma solução de recurso para salvar as várias vidas em jogo, os guardas desprenderam Willy Tell que acabou por atracar tranquilamente o barco, aproveitando depois para fugir dos malfeitores. Mais tarde, quando Gessler e os guardas chegavam a Küsnacht para passar a noite, Tell pegou na sua besta e numa seta para matar o tirano, dando assim liberdade ao povo suiço. Já o filho de Tell foi parar a Inglaterra, pois confundiu o Robin dos Bosques com o seu pai.

Ah, e viveram felizes para sempre.

Sua reverência está a arriscar-se. Não bastava citar a minha pessoa e um filme onde entrei, ainda vem aqui utilizar referências ao sketch “Mas qual papel?” dos Gato Fedorento, a palavra “piqueno” de Manuela Ferreira Leite, já para não falar que contou a fábula de Guilherme Tell e misturou-a com a história de Robin dos Bosques, acabando com uma frase típica de um conto infantil. Você é um ilusionista e um vaidoso.
O mesmo senhor de há bocado

Peço novamente desculpas. E para quem se sentir incomodado aqui tem:

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Metam os símbolos onde quiserem.

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