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Americanos dão espetáculo em plena Segunda Guerra Semi-Mundial

Written By Tiago Lacerda on sábado, 5 de março de 2011 | 5.3.11

Há três coisas pelas quais os americanos são conhecidos: guerra (muitas vezes louca), obesidade e Glenn Beck, que junta num só o melhor dos dois mundos anteriores. Não é obeso, é verdade, mas é bem gordinho. Não faz a guerra, é verdade, mas é louco o suficiente para a inventar. Sendo estas três características algumas pelas quais os filhos do Tio Sam (filhos do tio é sem dúvida um grau de parentesco que deixaria Fritzl orgulhoso) são mais conhecidos, seria de esperar que alguma anulasse a outra. Seria de esperar que Glenn Beck impedisse as tropas de saírem dos quartéis (devido ao riso que lhe proporciona) ou que, por exemplo, os americanos fossem péssimos na força aérea devido ao facto de os seus aviões não conseguirem descolar com o peso dos tripulantes. Não é assim. E o primeiro ataque dos aviões dos EUA nesta guerra, a que as pessoas insistem em denominar mundial apesar de Portugal, Espanha e Algarve não estarem presentes, veio demonstrá-lo bem.
Os aviões americanos entraram em combate ao som de “Born in the USA” (de um senhor que ainda nem nasceu mas já diz aos outros onde eles nasceram) enquanto faziam maravilhosas piruetas aéreas e bombardeavam o seu alvo que eu desconheço qual seja pois tive demasiada preguiça de ir ver à Wikipédia.
O resultado? Destruição em massa, milhares de mortos e longas interjeições de “Aaahhhhh! Que bonito!”. “Estes gajos sabem dar espectáculo, não é como os Óscares” dizia para quem o quisesse ouvir um soldado alemão cujo preclitante braço abanava ao vento preso apenas por um fio de carne que, para citar Ricardo Araújo Pereira, “não era mais que isto”. Admirado com a capacidade de alguém que acabara de perder a possibilidade de se masturbar com a melhor mão possível (todos os estudos apontam para a esquerda), tinha de, ainda assim, elogiar o trabalho do inimigo dirigi-me ao soldado alemão com o intuito de o entrevistar. A minha chegada, no entanto, causou um enorme alvoroço ao moço que, e só porque quero acabar esta frase a rimar, desatou a correr para cair dentro de um poço.
Enquanto tudo isto se passava, os aviões americanos continuavam a fazer chover morte sobre o terreno. Crateras enormes, por decerto maiores que a do cometa que matou os dinossau- não-esperem, muito maiores que isso. Estas crateras eram tão grandes como os resíduos de acne deixados na cara de um adolescente, e nem o Clerasil (nesta metáfora: a clemência, humanidade, misericórdia) de alguns pilotos americanos conseguia fazer nada para travar o seu aparecimento.
Só passados longos e tortuosos minutos (dois) é que os americanos dispersaram para combinarem o seu próximo passo. Havia dúvidas quanto à capacidade dos americanos de fazerem um segundo round tão conseguido como o primeiro, temia-se (pela parte dos Aliados, bem ententdido) que este fosse um one time hit por parte dos yankees. Mas a volta do esquadrão aéreo ao som de “Working on a Dream – See All Nazis Dead” provou a todos que estavam enganados.
Em resumo: os americanos sabem dar espectáculo, eu gosto de fazer pelo menos uma referência a incesto em cada texto, e os alemães ficaram na mó de baixo. Ganhámos todos.

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