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Nova invenção do futebol já é considerada o pior pesadelo de Óscar Cardozo

Written By Sérgio Pereira on sábado, 5 de março de 2011 | 5.3.11


“Um jogador do Benfica cai na área sem ninguém lhe tocar… e o árbitro assinala penalty!”. A partir de agora esta será uma frase recorrente na boca de comentadores de futebol por todo o mundo, excepto em Portugal onde os comentadores vêm sempre contacto físico faltoso sobre jogadores encarnados. Agora que já perdi todos os leitores do clube da Luz, posso finalmente escrever esta notícia com linguagem formal e decente. Não, agora é que posso.

O desespero começava a tomar conta do pior jogador do mundo. Depois de várias ocasiões flagrantes falhadas escandalosamente em cima da baliza, Carlos Saleiro Sénior Sénior Sénior já não sabia o que mais fazer para conseguir meter uma batata que fosse no fundo das redes. Até que um dia Saleiro Sénior x3 foi ver um jogo de râguebi do seu amigo Vasco Uva Ancião Ancião Ancião. Boquiaberto ficou quando, num determinado ponto da partida, os jogadores deixaram de andar em placagens e entradas violentas para apenas um dos atletas bater, sem oposição adversária, a bola oval por entre dois postes. “Que foi isto?”, perguntou Saleiro Sénior a Uva Ancião. “Isto é um penalty. Quando alguém faz uma falta perto dos seus postes, a equipa adversária pode rematar sem oposição.”. “E o que é uma falta no râguebi?”, perguntou intrigado Saleiro. “É quando alguém pega nos testículos do adversário, torce-os, rega-os com diluente, pega-lhes fogo e assa umas entremeadas nas brasas resultantes.”, esclareceu Uva.

Iluminado, Saleiro Sénior percebeu finalmente o que Uva Ancião devia fazer para que a esposa deste, Carolina Patrocínio Provecta Provecta Provecta, não se engasgasse com caroços da fruta. Só precisava de inventar uma máquina descaroçadora. Uva ficou algum tempo sem dizer palavra, num acto que podia indicar que estava realmente a pensar em inventar uma máquina descaroçadora. Mas os três traumatismos cranianos que tinha sofrido durante o jogo de râguebi que decorria impediam qualquer tipo de reflexão profunda. Vinte minutos, sete costelas partidas e dois sobrolhos abertos depois, Uva perguntou a Saleiro: “Ouve lá, então porque é que vocês lá nos futebóis não aplicam uma regra semelhante à nossa?”. Saleiro ficou algum tempo calado, como se estivesse a pensar. Mas o ser jogador de futebol tornava essa acção numa improbabilidade estatística maior do que a de Maya passar a ser a mulher mais sexy do mundo depois de um implante mamário. Cinco minutos, catorze hematomas e seis dentes em falta depois, Uva chamou a atenção a Saleiro: “Olha que se aplicassem essa regra, tu tinhas mais hipóteses de marcar golos!”. E bastou esta frase para convencer Saleiro, que no dia seguinte apresentou a medida à federação.

Dois anos e sete treinadores do Sporting depois, a federação parou de cogitar sobre esta regra de futebol apresentada por Saleiro Sénior, bem como sobre se a mesma estaria de acordo com os estatutos, e aprovou-a mesmo. Aplicada que estava nos manuais do desporto-rei – ou, como Luís Freitas Lobo lhes chamava em criança, livros para fazer ó-ó -, os árbitros puderam finalmente assinalar faltas dentro da grande área que possibilitassem o remate sem oposição da marca de 11 metros. Saleiro Sénior, logo no primeiro jogo após a aprovação da regra (um Sporting-Benfica em Alvalade), sofreu carga faltosa evidente de Fábio Coentrão Caduco Caduco Caduco, mas o árbitro não assinalou… de imediato. Após todos os espectadores e também Sá Pinto (não, não era nenhuma bisavô, era mesmo o Sá Pinto que ainda hoje é vivo, com 248 anos de idade) ameaçarem a integridade física do juiz da partida, Carlos Xistra Mono Mono Mono lá assinalou penalty. Saleiro Sénior pediu para ser ele a marcar, para pôr cobro ao jejum de 130 anos sem golos de que a família Saleiro padecia. Só com o guarda-redes Roberto Decrépito Decrépito Decrépito pela frente, Saleiro fez a bola bater com estrondo na estátua do Cristo-Rei… do Rio de Janeiro. Ele há azares!

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