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O seguinte enorme pedaço de gelo não dá para pôr em Martinis

Written By Sérgio Pereira on sábado, 7 de agosto de 2010 | 7.8.10


É sem dúvida o melhor negócio deste Verão. Não, não estou a falar da venda de fruta podre ao rival/compincha do Norte. Não, não me refiro à contratação do Raber… Roberto por parte do Benfica. Não, também não estou a falar do LeBron James que sai de Cleveland (ou a nova Detroit, como tão gentilmente se lhe chama) e vai para Miami, onde há sol, bebidas frescas e miúdas em biquíni a passear em patins. Espera lá! Agora que penso nisso, sim senhor LeBron, muito bem! Mas não, não é nada disto. Estou a falar do excelente negócio que a Rússia conseguiu. Que negócio? A venda do Alasca aos Estados Unidos da América. E porque é que este é um grande negócio? Ora bem, como sou um expert em matérias financeiras (comigo o Madoff não fazia fortunas! Agora deixem-me ir ali atender umas pessoas que querem mil euros para construir uma pirâmide), vou explicar os motivos ponto por ponto:

1. O Alasca é, vá lá, fresquinho como o diabo todo o ano. Ainda por cima, lá para o Inverno, eles chegam a ficar quase todo o dia envoltos no breu, o que é chato e também aborrecido, por vezes até fastidioso, melancólico e enfadonho. Uma treta, basicamente.

2. Existem lá criaturas perigosas, como lobos, ursos, alces, veados (tanto dos portugueses como dos brasileiros), toupeiras, doninhas e pessoas.

3. A vegetação daquele local é mais intensa que uma cena romântica entre o Jackie Chan e o Rob Schneider (fiquem com esta imagem bem gravada, remoam nela o máximo que conseguirem, vale mesmo a pena para arranjar traumas para o resto da vida). Ora, os russos precisam de tudo menos vegetação, que coisas para arder já lá têm eles: florestas, bases militares, armas nucleares e afins.

4. Última e mais importante razão: a Sarah Palin nasceu lá. Ninguém no seu perfeito juízo quer a Sarah Palin a nascer no seu país, muito menos quando mais tarde ela pode muito bem enveredar por uma carreira pública, como a política, o jet7 ou a tolice extrema. Atenção, eu disse pessoas no seu perfeito juízo. Isto exclui, obviamente, os republicanos.

Como então se percebe, este sim foi um negócio bem conseguido. E ainda melhor foi as condições em que aconteceu. Os EUA podiam dizer assim:

- Vá, então já que vocês não gostam deste pedaço de terra, nós ficamos com ele e nunca mais vos chateamos nem nunca mais ninguém ouvirá falar do Alasca. Será um segredo só nosso.

Este parecia um acordo mais que razoável. Mas não, os americanos não são exactamente conhecidos pela sua esperteza, muito menos quando tal negócio aconteceu durante o mandato do presidente Andrew Johnson, um… ora adivinhem lá… pois estava claro de ver, um democrata, claro! Um democrata que foi substituir Abraham Lincoln, um presidente que acabou em alta o seu mandato, que os camarotes dos teatros naquela altura ficavam lá mesmo em cima. Claro que depois do sucesso do Abe, alguém tinha que vir estragar tudo. E assim foi. A Rússia, que tão brilhantemente (como já vimos) se livrou do Alasca, ainda recebeu em troca 7.2 milhões de dólares! O que dá 4.74 dólares por quilómetro quadrado! Em euros isto é muita massa, dá mesmo à rasca para acabar de pagar os 423 empréstimos que, em média, cada família portuguesa tem pendentes.

E assim finalizo esta notícia, que ao mesmo tempo, foi uma lição de história, de economia, de desporto e de higiene. Agora vocês pensam “Higiene?! Mas eu não vi nada sobre higiene neste texto!”. Pois não, vou falar agora. Ora aqui vai:

O bedum é uma substância gordurenta e malcheirosa que se forma por detrás das orelhas. Por isso, quando se encontrar na proximidade de um chuveiro, não se esqueça de passar sabão por trás do seu aparelho auditivo, sob o risco de se não o fizer, mais tarde só com a ajuda de uma espátula, uma escova de arame, um martelo e uma vide conseguir tirar essa matéria pastosa. Só para esclarecer, a vide é para colocar na boca enquanto arranca o bedum, pois ajuda a abafar os urros de dor. Morde na vide, não assusta as pessoas à sua volta com os gritos esquizofrénicos.

Uma boa semana.

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