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Livro de auto-ajuda autodestrói-se por culpa de luso-brasileiro e um hífen

Written By Sérgio Pereira on sábado, 14 de maio de 2011 | 14.5.11


Ei-los! Os leitores supra-sumos deste blog! Aqueles que não se rendem às histórias do arco-da-velha e recorrem a este espaço para recolherem a informação que realmente interessa. Escuso de encher mais chouriços esperando-os, pois agora no mesmo espaço encontramo-nos (e o meu tipo de escrita com o de Yoda parece-se). A vocês, caros co-cidadãos de nação e/ou espírito, um grande bem-haja pela preferência. Agora que já fiz a minha parte de deitar o livro de auto-ajuda ainda mais abaixo, vamos à história.

O dia 13 de Maio amanheceu glorioso para um livro de auto-ajuda como tantos outros que existem neste mundo. Este em particular chamava-se Livro de Auto-Ajuda: um manual de orientação para que os leitores se possam auxiliar a si mesmos em tópicos variados da sua vida nos quais tenham um qualquer tipo de problema modelar e por isso abordado nesta obra, e estava alegre porque esse era o dia em que seria apresentado ao grande público: a família do autor, Eustáquio Perafita. Mas o Livro de Auto-Ajuda não estava sozinho. Consigo seria igualmente distribuído outro livro, muito mais pequeno, intitulado Subtítulos Excessivamente Extensos: um guia para a compreensão de descrições complementares a um título literário que são demasiado longas e deixam os leitores confusos pela falta de pontuação e repetição da mesma ideia se bem que com palavras diferentes. Resumindo, era um grande dia, cheio de apresentações de obras literárias de gabarito mundial e que supostamente deixariam Eustáquio Perafita com os bolsos cheios graças a pessoas pacóvias que julgam mesmo que tais livros são capazes de prestar um qualquer tipo de apoio e apresentar soluções válidas para problemas tão genéricos e gastos que até um escaravelho hermafrodita com três olhos teria.

Era mas não foi. Um grande dia, entenda-se. Caramba, leitor, preste atenção àquilo que escrevo! Está lá de forma tão sintetizada e explícita! Mas não foi porque tudo o que era suposto correr bem, correu mal. A família de Eustáquio não apareceu porque foi toda até Fátima. Pelos vistos a auto-ajuda lá é melhor. Além disso, os Perafita sempre sonharam ver Roberto Leal ao vivo cantar à Nossa Senhora (viram como resolvi logo a questão do luso-brasileiro? Agora só falta uma parte). Além do problema da falta de público que aplaudisse os livros cujos títulos e subtítulos não vou repetir, apareceram vários senhores vestidos de mecânicos e muito entusiasmados. Apenas quando ia começar a apresentação é que Eustáquio percebeu o porquê da situação. Um erro na impressão fez com que o título do seu livro ficasse Livro de Auto Ajuda. Só isto não seria grave, não fosse o caso de a pessoa que imprimiu ter achado que o título não batia certo com o subtítulo, e por isso ter alterado ambos para Auto Ajuda: o manual essencial para indivíduos que chamam sempre ajuda para mudar um pneu furado entenderem alguma coisa de veículos.

Enquanto o ex-futuro-possível-Prémio Nobel Eustáquio Perafita explicava aos indivíduos fardados de mecânicos que o seu livro nada tinha a ver com automóveis, o outrora Livro de Auto-Ajuda decidiu que nada fazia sentido e comeu as letras escritas nas suas páginas. Enquanto arrotava um “T” (esses malditos gostam de ficar entalados na garganta), o Livro de Auto(-)Ajuda declarou em exclusivo ao Jazigo “Literatura light nunca mais! Vou virar-me para algo mais sossegado, como ser um diário, ou um bloco de notas, ou o programa eleitoral do Bloco de Esquerda. Ah ah ah! Esta agora foi gira, se calhar vou virar um livro cómico. Mas primeiro, deprimir um pedaço com a situação de hoje e comer tudo o que me aparecer à frente”. Posto isto, virou-se para o livro complementar Subtítulos Excessivamente Extensos e começou-lhe às trincas, mas a meio do subtítulo – mais concretamente com o “complementares”, esse enfarta-burros - ficou cheio.

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