O lançamento do referido livro (para os mais distraídos – “O Crime do Padre Amaro”) ocorreu na passada terça-feira no café d’ A Brasileira, em Lisboa. A escolha deste local em muito intrigou os jornalistas presentes, sobretudo devido ao facto de o conhecido café ainda não existir e de Eça de Queiroz não ser Fernando Pessoa. Como magistralmente perguntou um lindíssimo jornalista do jornal “Ler, Ler, Ler e depois fazer amor”: “Se era para criar anacronismos capazes de confundir as pessoas, devido ao facto de não fazerem nenhum sentido, mais valia terem lançado a obra numa sede do partido comunista em pleno século XXI!”. Depois de me sentar (sim, eu também trabalho para o “Ler, Ler, Ler e depois fazer amor”. A vida está dificil e eu tenho uma filha e um cão que não se alimentam com 3 taças de arroz doce por mês. Precisam no minimo de 4) vi a cara de Eça inchar de raiva mal contida e de sarampo mal curado. Ignorou a minha pergunta e daí em diante recusou-se a responder a qualquer questão por mim colocada. Sinceramente não me interessou muito. O livro com uma personagem principal com um apelido meu já ninguém me tirava, e além disso se quisesse fazer alguma questão ao Eça era só pedir ao meu colega da revista” Fazer amor, Fazer amor, Fazer amor e depois ler” que ele inquiria o escritor. Foi o que fiz, e à pergunta “Porquê chamar Amaro a personagem principal? Porque não Silva, ou mesmo Roque?” Eça respondeu de forma perentória: “Os Amaros são sexualmente mais activos. Mesmo os padres, além disso são bons para cacete naquilo que fazem. Nenhum Silva, Roque ou mesmo um Martins se pode comparar à sexualidade animalesca mas ao mesmo tempo doce de um Amaro!”.
Felicíssimo com esta resposta, levantei-me, mostrei o dedo do meio ao Eça (que se levantou e me mostrou os seus dois dedos do meio, depois de se virar de costas e abanar o rêgo na minha direcção de forma tão pouco madura e tão frenética que o monóculo lhe caiu da cara e se estatilhou no chão) e rumei a casa. Pelo caminho, parei na redacção da revista “Século das Luzes é giro, mas não queres antes brincar ao quarto escuro?” a ver se desta vez, e tendo em conta as declarações de Eça, já me aceitavam como seu crítico da secção internacional. Não aceitaram. F&”#$%!
*Reli este texto dois dias depois da sessão de amor que em cima deixei os leitores anteverem. Posso agora afirmar com certeza que, tirando as queimaduras em segundo grau que a minha amante sofreu, e exluindo o facto de ela ainda vomitar de cada vez que vislumbra algum alimento que tenha como proveniência países de fruta tropical, ficamos mesmo todos a ganhar.
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